sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Comunicação e Cultura Popular - Trabalhos Finais: “Bang”: Agora pode gostar da Anitta

Bruno Filho, da turma de Comunicação e Cultura Popular, fez uma análise sobre a carreira da cantora Anitta, desde o seu início em 2010. O aluno demonstra, através de autores diversos, como o perfil musical da artista, que começou na Furacão 2000, foi mudando ao longo dos anos e como a identidade da cantora foi sendo construída de acordo com os padrões da música pop, visando um determinado público em detrimento de outro. 


"Anitta é uma cantora tida como percussora no movimento de “popficação” ou reconfiguração da fronteira simbólica entre o funk e outros gêneros musicais. A intérprete brasileira que iniciou sua carreira em 2010 no funk pela Furacão 2000, foi contratada pela gravadora Warner no ano seguinte e passou a transformar sua imagem de acordo com valores de certos padrões musicais do pop. Ganhou uma superprodução com cenário, figurino e dançarinos e aos poucos foi se desvinculando a sonoridade do funk por elementos eletrônicos. A sua música que obteve maior visibilidade e destaque, Show das Poderosas, já apresentava a dualidade musical da cantora transitando entre dois gêneros: pop e funk.

Entretanto, por mais que apresentasse caraterísticas e elementos inovadores no campo musical, Anitta sempre foi alvo de críticas negativas pelos atores sociais das duas cenas musicais que transitava, Funk e Pop, e também por atuantes da cena brasileira considera cânone e legitimada, a MPB. Diretamente ligada ao popular, de massa e sem autenticidade, a sua imagem causava conflito entre os dois gêneros musicais em questão, que atravessavam disputas de gosto e embates permanentes entre o consumo cultural musical, ligados diretamente na construção de identidade entre os atores e suas respectivas cenas musicais."

Confira o trabalho na íntegra aqui.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Sociologia e Comunicação - Trabalhos Finais: "A morte de Cristiano Araújo: A exploração da tragédia sob a ótica do sensacionalismo popular"

Júlia de Castro, aluna de Sociologia e Comunicação, teve como objeto de estudo do trabalho final da disciplina a cobertura midiática sobre a morte do cantor Cristiano Araújo. Cristiano Araújo era um jovem cantor do gênero sertanejo universitário que estava começando a estourar no meio artístico. Sua morte, ocasionada por um acidente de carro em junho de 2015, surpreendeu a todos e os meios de comunicação fizeram intensa cobertura do ocorrido.

A partir do texto "Modernidade, hiperestímulo e o início do sensacionalismo popular" do Ben Singer, Júlia contextualiza e relaciona a cobertura midiática da morte do cantor aos fenômenos contemporâneos ocasionados pelo intenso fluxo de comunicação e informação.


"Cristiano de Melo Araújo, mais conhecido como Cristiano Araújo, foi um cantor de música sertaneja nascido em 24 de janeiro de 1986, em Goiás. Desde pequeno, o cantor participava de festivais e projetos musicais em sua cidade com composições autorais. O estilo musical sertanejo é muito ouvido nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, e Cristiano Araújo começou sua fama, ainda em nível local, nos estados brasileiros dessas regiões. Após algumas parcerias musicais com cantores mais conhecidos na mídia, como a dupla Jorge e Mateus, e a cantora Paula Fernandes, Cristiano ganhou certa notoriedade, e um de seus hits “Bará Berê” foi trilha sonora da telenovela “Salve Jorge”, da Rede Globo de Televisão. O cantor também participou de alguns programas de auditório da televisão aberta, nos quais ele lançava algumas músicas, mesmo sem nunca ter sido destaque nas notícias de cunho popular. 

Contudo, na madrugada do dia 24 de junho de 2015, quando Cristiano Araújo voltava de um show feito na cidade de Itumbiara, o carro em que ele e sua namorada se encontravam, capotou na BR-153 em Goiânia, provocando primeiramente a morte de sua namorada Allana Moraes, de 19 anos, e posteriormente, a morte do cantor, que não resistiu ao ser transferido para o hospital, falecendo aos 29 anos. Cristiano Araújo não saberia disso, mas a sua morte parou a televisão brasileira, o que causou estranhamento nos expectadores, pois, como um cantor aparentemente “desconhecido” ganhou tanto destaque de uma hora para outra nos canais de televisão aberta? 

O produto midiático a ser analisado, é a forma como a morte do cantor foi transmitida no programa “Programa da Tarde” da apresentadora Sônia Abrão (que consiste em duas horas e meia de notícias sensacionalistas sobre os famosos) a partir do texto do pensador Ben Singer “ Modernidade, hiperestímulo e o início do sensacionalismo popular."

Confira o trabalho na íntegra aqui.