Blog do Grupo de Estudos sobre Comunicação, Cultura e Sociedade (GRECOS), coordenado pela professora Ana Lucia Enne (UFF), relacionado às disciplinas lecionadas por ela no curso de Estudos de Mídia e na Pós-graduação em Cultura e Territorialidades (PPCULT) da UFF, conjugando reflexões sobre sociologia, estudos culturais, história, antropologia, cultura, mídia, consumo, memória, juventude, movimentos sociais e identidade, dentre outros temas, e ao Laboratório de Mídia e Identidade (LAMI).
Para finalizar Sociologia e Comunicação, a aluna Camila Da Silva Almeida fez um trabalho sobre a sociedade do espetáculo nas redes sociais e a fetichização no consumismo moderno, tendo como base conceitos de Guy Debord e Karl Marx.
"Desde a segunda metade do século XX, a sociedade ocidental moderna atravessa um
período de intensas modificações estruturais políticas, econômicas, culturais e de socialização
na transição para uma sociedade pós-industrial e globalizada. Esse período marca uma
verdadeira revolução no campo das mídias e das culturas de massa e principalmente com o
advento da internet e das redes sociais, o que dá luz à uma crescente tendência da
superexposição e do hiperconsumismo."
Para o trabalho final de Sociologia e Comunicação, a aluna Ana Luise Duniec analisou o crescimento da rotina de skincare , cuidados com a pele, durante a quarentena em meio às redes sociais, tendo como base conceitos de alguns dos autores discutidos ao longo da disciplina.
"Em meio a esse tempo de reclusão mundial, por conta da COVID-19, muitas pessoas notaram uma diferença na saúde de suas peles. Aproveitando a oportunidade, influenciadores digitais e múltiplas páginas de redes sociais, não hesitaram em recomendar múltiplos produtos para seus seguidores, muitas vezes sem recomendação dermatológica.
A rotina de cuidados com a pele surgiu, de maneira massificada, no momento em que marcas começaram a lançar tendências no mercado relacionadas a uma beleza mais leve e natural. Dessa forma, a rotina coreana de cuidados com a pele, K-Beauty, ganhou bastante força, principalmente a partir do ano de 2018 até os dias atuais."
Apresentamos agora as referências que embasam oPapinho ep. 15, "Juventude como espírito do tempo e estilo de vida da pós-modernidade gloalizada", o terceiro de uma série de 4 podcasts para apoiar a disciplina deMídia e Subculturas juvenis, dividida por Ana EnneeDionísio Almeida Brazo, mestrando em Cultura e Territorialidades pelo PPCULT/UFF, no semestre 2020.2 no curso de Estudos de Mídia/UFF (que excepcionalmente, em razão da pandemia por covid19, está transcorrendo no início de 2021). Neste novo episódio, abordamos como a juventude vai sendo consolidada como categoria-chave no decorrer do século XX na modernidade ocidental, até se converter em signo hegemônico na constituição de um novo espírito de tempo pós-moderno globalizado, um sintoma, como descreve Maria Rita Kehl, mas também uma forma de capital, constituindo um tipo de felicidade paradoxal, como define G. Lipovetsky, em que prazer e ansiedade se mesclam.
Vamos disponibilizar aqui uma relação das referências que embasaram o episódio, citadas ou não no decorrer do mesmo, em ordem de aparecimento no decorrer do Papinho 15:
4) KEHL, Maria Rita. "Juventude como sintoma da cultura". In: NOAVES, R.; VANNUCHI, P. (Org.). Juventude e sociedade: trabalho, educação, cultura e participação. São Paulo: Perseu Abramo, 2005.
5) RUIZ, Oscar Aguilera. "LOS ESTUDIOS SOBRE JUVENTUD EN CHILE: COORDENADAS PARA UN ESTADO DEL ARTE". IN ULTIMA DÉCADA Nº31, CIDPA VALPARAÍSO, DICIEMBRE 2009, PP. 109-127.
6) CARDOSO, Ruth e SAMPAIO, Helena. Bibliografia sobre a juventude. São Paulo: Edusp, 1995.
7) GUERRIEIRO, Lídice. Juventudes e ideologia do empreendedorismo: modos de atuação da sociedade civil na construção de hegemonia na cidade do Rio de Janeiro. Tese de doutorado em Ciências Sociais, PPCIS/UERJ, 2018.
13) SPOSITO, M.P.; CARRANO, P.C.R. "Juventude e políticas no Brasil". In: DÁVILA,Oscar Leon (Org.) Políticas públicas de juventud em América Latina: para Ediciones CIDPA,
de Vinã del Mar, Chile/In: REUNIÃO ANUAL DO ANPED,
26, Poços de Caldas, MG, de 5 a 8 de dez. 2003.
15) ABRAMO, Helena. "Considerações sobre a tematização
social da juventude no Brasil". Revista Brasileira de Educação, Mai/Jun/Jul/Ago 1997 Nº 5 Set/Out/Nov/Dez 1997 Nº 6.
17) CASTRO, J. P. M. e. "Protagonismo juvenil e os
novos modelos de políticas públicas". In:
REUNIÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA,
26., 2008, Porto Seguro. Anais... Porto
Seguro: ABA, 2008.
18) BRITO, Sulamita (Org.).
Sociologia da juventude I: da Europa de Marx à America
Latina de hoje. Rio de Janeiro: Zahar, 1968.
23) COSTA, Jurandir Freire. "Descaminhos do caráter". Folha de São Paulo, 25 de julho de 1999.
24) Referências à expressão "sexo, drogas e cartão de crédito" usada por Jurandir Freire Costa em artigo "Universo restrito", publicado no Jornal do Brasil: link 1; link 2
34) SÁ, Alexandre Nunes de. Experiência, ethos e zeitgeist: ensaio sobre entretenimento e mass media, a partir do filme Curtindo a Vida Adoidado. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Estudos de Mídia) - Universidade Federal Fluminense, 2014.
112) MARGULIS, Mario e URRESTI, Marcelo. “La juventud es más que una palabra”. In: MARGULIS, M. (org.). La juventud es Más Que una Palabra. Buenos Aires: Biblos, 1996.
156) ENNE, Ana Lucia. Conexões entre juventude, consumo e mídia: múltiplas formas de atuação e apropriação. In: Paulo Carrano; Osmar Fávero. (Org.). Narrativas Juvenis e Espaços Públicos: Olhares de pesquisas em educação, mídia e ciências sociais. .Rio de Janeiro: FAPERJ; EDUFF, 2014.
157) ENNE, Ana Lucia. “A favela tá atuando e dispensando os dublês” : a construção, consolidação e expansão de múltiplas redes culturais e comunicacionais a partir de favelas e periferias do Rio de Janeiro. IN: FERNANDES, C.; MAIA, J.; HERSCHMANN, M. (orgs). Comunicações e Territorialidades. Rio de Janeiro em cena.. São Paulo, Ed. Anadarco, 2012.
Para o trabalho final de Sociologia e Comunicação, Beatriz Brandão fez uma análise da série “Grey’s Anatomy”a partir de duas perspectivas: o seu formato o que ele representa na sociedade pós-moderna; e o seu conteúdo e as analogias que podem ser pensadas com relação aos estudos da sociedade e conceitos propostos por estudiosos da área.
"Grey’s Anatomy (A Anatomia de Grey, em português) é uma série norte-americana criada por Shonda Rimes e originária do canal televisivo ABC, mas que atualmente, encontra-se disponível para consumo em plataformas de streaming como Netflix e Globoplay. Caracterizada por ser uma série de drama médico, está presente na mídia desde 2005 e continua sendo um sucesso após 16 anos de produção e exibição. A história se passa majoritariamente no ambiente hospitalar do Hospital Seattle Grace (depois renomeado de Grey Sloan Memorial Hospital) e mostra a vida de diversos médicos, desde os primeiros anos como internos, até o desenvolvimento de suas carreiras e vidas pessoais. Aprofundando-se no assunto que a série retrata, é possível perceber elementos que norteiam os tempos líquidos, só de assistir alguns minutos do primeiro episódio."
Para o trabalho final de Sociologia e Comunicação, a aluna Anna Clara Moreira desenvolveu um estudo de caso sobre o desenho animado "“Avatar: A Lenda de Aang” com base nas discussões que aconteceram na disciplina ao longo do período.
"“Avatar: A Lenda de Aang” é um seriado de desenho animado estadunidense do canal Nickelodeon, exibido entre 2005 e 2008. Baseada em diferentes culturas e filosofias de diversos povos asiáticos, a série é ambientada em um universo fictício composto por quatro grupos étnicos principais, cada qual com sua própria cultura e características: as Tribos da Água, o Reino da Terra, a Nação do Fogo e os Nômades do Ar.
A série destaca-se por se basear em culturas asiáticas sem ser uma narrativa orientalista, além de tratar sobre temas como imperialismo, genocídio, crueldade animal, marginalização, opressão, dentro outros para um público infantil. Tendo em vista sua história complexa e bem escrita, utilizarei “Avatar: A Lenda de Aang” para discutir diferentes pontos de sua trama à luz de alguns sociólogos e de discussões feitas na disciplina de Sociologia e Comunicação."
Apresentamos agora as referências que embasam oPapinho ep. 14, "A consolidação da juventude como faixa etária e estilo de vida no Século XX", o segundo de uma série de 4 podcasts para apoiar a disciplina deMídia e Subculturas juvenis, dividida por Ana EnneeDionísio Almeida Brazo, mestrando em Cultura e Territorialidades pelo PPCULT/UFF, no semestre 2020.2 no curso de Estudos de Mídia/UFF (que excepcionalmente, em razão da pandemia por covid19, está transcorrendo no início de 2021). Neste novo episódio, procuramos demonstrar como, a partir da ideia de juventude como espírito de tempo da modernidade ocidental, os jovens, como sujeitos concretos, irão se colocar em cena no decorrer do processo histórico do século XX, em especial a partir das décadas de 1950 e 1960. Buscamos pensar a relação entre a consolidação das culturas juvenis e a cultura de massa, a cultura do consumo e a questão das identidades sociais e culturais. Por fim, a partir de Pierre Bourdieu, procuramos analisar como a categoria de juventude opera como um signo cultural, permitindo múltiplas significações nas relações sociais de poder e classificação.
Vamos disponibilizar aqui uma relação das referências que embasaram o episódio, citadas ou não no decorrer do mesmo, em ordem de aparecimento no decorrer do Papinho 14:
9) Sobre cultura do consumo e modernidade: SLATER, Don. Cultura de consumo e modernidade. São Paulo, Nobel, 2002.
10) CAMPBELL, Colin. A ética romântica e o espírito do consumismo moderno. Rio de Janeiro, Rocco, 2001.
11) RUIZ, Oscar Aguilera. "LOS ESTUDIOS SOBRE JUVENTUD EN CHILE:
COORDENADAS PARA
UN ESTADO DEL ARTE". IN ULTIMA DÉCADA Nº31, CIDPA VALPARAÍSO, DICIEMBRE 2009, PP. 109-127.
12) RUIZ, Oscar Aguilera. "La idea de juventud en Chile en el siglo XX
Aproximación genealógica al discurso de las revistas de
juventud". IN: Anagramas Volumen 12, Nº 24 pp. 141-160 ISSN 1692-2522 Enero-Junio de 2014. 186 p. Medellín, Colombia.
27) SAVAGE, Jon. A criação da juventude. Como o conceito de teenage revolucionou o século XX. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.
28) LEVI, Giovanni e SCHMITT, Jean-Claude. História dos jovens. Vol. 1, Da antiguidade à era moderna" e vol.2, "A época contemporânea". São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
80) CARMO, Paulo Sérgio. Culturas da rebeldia. A juventude em questão. São Paulo: SENAC, 2001.
81) GUERRIEIRO, Lídice. Juventudes e ideologia do empreendedorismo: modos de atuação da sociedade civil na construção de hegemonia na cidade do Rio de Janeiro. Tese de doutorado em Ciências Sociais, PPCIS/UERJ, 2018.
82) FREIRE FILHO, João e HERSCHMANN, Micael. "Funk carioca: entre a condenação e a aclamação na mídia". Revista Eco-Pós, v.6, n.2, 2003.
109) HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
110) Propagandas de 1960-1970 citadas no Papinho
111) Jingle Us Top (1976) - "Liberdade é uma calça velha, azul e desbotada"
112) BENJAMIN, Walter. Experiência e pobreza. In: Obras Escolhidas 1. Magia e Técnica.
Arte e Política. São Paulo: Brasiliense, 1985a
113) BOURDIEU, Pierre. “A “juventude” é apenas uma palavra”. Entrevista com Pierre Bourdieu. Extraído de: BOURDIEU, Pierre. 1983. Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero. P. 112-121.
114) MARGULIS, Mario e URRESTI, Marcelo. “La juventud es más que una palabra”. In: MARGULIS, M. (org.). La juventud es Más Que una Palabra. Buenos Aires: Biblos, 1996.