Blog do Grupo de Estudos sobre Comunicação, Cultura e Sociedade (GRECOS), coordenado pela professora Ana Lucia Enne (UFF), relacionado às disciplinas lecionadas por ela no curso de Estudos de Mídia e na Pós-graduação em Cultura e Territorialidades (PPCULT) da UFF, conjugando reflexões sobre sociologia, estudos culturais, história, antropologia, cultura, mídia, consumo, memória, juventude, movimentos sociais e identidade, dentre outros temas, e ao Laboratório de Mídia e Identidade (LAMI).
Além do Papinho, o podcast do GRECOS apresentado por Ana Enne, criamos a Farrinha, um podcast coletivo com convidadas, convidades e convidados que se apresentam nos cursos que lecionamos, batendo papo com a turma sobre os mais diversos temas. Ou ainda, que participam de lives conosco, sobre temáticas relacionadas com os estudos e pesquisas que fazemos no GRECOS e no LAMI.
Aqui neste post vcs terão acesso a algumas infos sobre estes convidades, por episódio das Farrinhas, na primeira temporada.
Primeira temporada - Na primeira temporada, receberemos pessoas para conversarem com a turma no curso de Mídia e Subculturas Juvenis (graduação em Estudos de Mídia, UFF, 2020.1), ministrada por Ana Enne e Dionísio de Almeida Brazo (mestre pelo PPCULT/UFF)
1) Farrinha - ep. 01 - convidado: Alexandre de Sá
No primeiro episódio, o convidado é Alexandre Nunes de Sá, bacharel em Estudos de Mídia, cientista social pela UFRJ e mestrando em Comunicação pela PUC-rio. Ele conversou com a turma, em uma troca rica e generosa, sobre o ethos jovem e o filme "Curtindo a vida adoidado" por mais de duas horas no dia 4/3/21 via google meet. Esse material foi reduzido e editado e é agora apresentado nessa Farrinha de estreia, com participação do convidado, da turma e dos professores Ana Enne e Dionísio Almeida.
No segundo episódio, o convidado é Dionísio de Almeida Brazo, graduado em Turismo pela UFF e mestre em Cultura e Territorialidades pelo PPCULT/UFF. Ele conversou com a turma, na qual está realizando seu estágio-docente, em uma troca rica e generosa, sobre sua pesquisa sobre a cultura otaku no Brasil e o consumo nostálgico por mais de duas horas no dia 11/3/21 via google meet. Esse material foi reduzido e editado e é agora apresentado nessa Farrinha ep.2, com participação do convidado, da turma e da prof. Ana Enne.
No terceiro episódio, a convidada é Nathália Ronfini de Almeida Lima, graduada em Comunicação Social pela UFRJ, mestre e doutoranda en Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social na UFRJ. No doutorado, Nathália Ronfini desenvolve pesquisa sobre a produção e compartilhamento de nudes entre mulheres, o que rendeu uma conversa inesquecível, agitada e muito rica com a turma no dia 25 de março de 2021 via googlemeet. Esse material foi reduzido e editado e é agora apresentado nessa Farrinha ep.03, com participação da convidada, da turma e dos professores Ana Enne e Dionísio Almeida.
No quarto episódio, a convidada é Patricia Matos dos Santos, graduada em Comunicação Social pela UFRJ, mestre e doutora em Comunicação pela UFF. No dia 8 de abril de 2021, via google meet, Patricia Matos conversou por mais de duas horas conosco sobre sua dissertação de mestrado sobre cultura nerd e sobre sua tese de doutorado sobre nômades digitais. Esse material foi reduzido e editado e é agora apresentado nessa Farrinha ep.04, com participação da convidada, da turma e dos professores Ana Enne e Dionísio Almeida.
No quinto e último episódio dessa primeira temporada, a convidada é a produtora cultural Giordana Moreira, graduanda em Produção Cultural pela IFRJ e idealizadora do festival Roque Pense!. No dia 15 de abril de 2021, via google meet, Giordana Moreira conversou por mais de duas horas conosco sobre o Roque Pense!, feminismo, as relações entre música, gênero e território, em especial a Baixada Fluminense, e sobre a área de produção cultural para mulheres jovens de periferia. Esse material foi reduzido e editado e é agora apresentado nessa Farrinha ep.05, com participação da convidada, da turma e dos professores Ana Enne e Dionísio Almeida.
Para finalizar a disciplina Sociologia e Comunicação, o aluno Guilherme Cirqueira fez uma análise sobre a representação das cariocas e do Rio De Janeiro no videoclipe Girl From Rio tendo como base conceitos de Stuart Hall.
"Partindo dos acordes da música Garota de Ipanema, clássico da bossa nova composto por Tom Jobim e letrado por Vinicius de Moraes em 1962, o videoclipe de Girl from Rio se inicia com “o Rio exportação”, da Zona Sul, com o Pão de Açúcar ao fundo, mas logo portas se abrem e agora será contada uma parte da história da artista, da garota que cresceu na periferia e é “uma Garota do Rio”.
Deixando para trás a paisagem artificial comumente explorada nas produções audiovisuais, o espectador é conduzido à um tour pelo que Anitta considera essencial conhecer na sua cidade. Ao descer de um ônibus lotado, é revelado o Rio do subúrbio, cheio de cores, sabores e pluralidade de corpos."
E chegamos ao Papinho ep.17, primeiro da série de episódios de Papinhos e Farrinhas para o curso de Estudos Culturais. Neste episódio, vamos falar sobre os conceitos de Colonialidade e Decolonialidade, enfocando especialmente as colonialidades do poder, do saber e do ser.
Vamos disponibilizar aqui uma relação das referências que embasaram o episódio, citadas ou não no decorrer do mesmo, em ordem de aparecimento no decorrer do Papinho 17:
6) Sobre o Ego conquiro - DUSSEL, Enrique. "Europa, modernidade e Eurocentrismo". IN: A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas
latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2005.
- BALLESTRIN, Luciana. “América Latina e o giro decolonial”.Revista Brasileira de Ciência Política, nº11. Brasília, maio - agosto de 2013, pp. 89-117. (29 páginas)
- MALDONADO-TORRES, Nelson, “La descolonización y el giro des colonial”. Tabula Rasa, núm. 9, julio-diciembre, 2008, pp. 61-72. Universidad Colegio Mayor de Cundinamarca, Bogotá, Colombia.
- GROSFOGUEL, “Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: Transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global”. Revista Crítica de Ciências Sociais, 80, Março 2008.
- RESTREPO, Eduardo e ROJAS, Axel. Inflexión decolonial: fuentes, conceptos y cuestionamientos. Instituto de Estudios Sociales y Culturales Pensar; Maestría en Estudios Culturales, Universidad Javeriana; Editorial Universidad del Cauca. Universidad del Cauca, Popayán, Colombia, 2010.
- QUIJANO, Aníbal. “Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina”. IN: A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2005, PP. 117-142.
84) MALDONADO-TORRES, Nelson. “A topologia do Ser e a geopolítica do conhecimento. Modernidade, império e colonialidade”. IN: Revista Crítica de Ciências Sociais, 80, Março 2008: 71-114.
85) QUINTERO, Pablo; FIGUEIRA, Patricia e ELIZALDE, Paz Concha. “Uma breve história dos estudos decoloniais”. Arte e descolonização. Masp, Afterall, 2019.
86) OLIVEIRA, Ohana Boy. Aspectos da colonialidade do saber, do poder e do ser – uma análise das performances de Regina Casé em sua trajetória televisiva (PPGCOM/UFF, 2020)
89) BARRIENDOS, Joaquín. "La colonialidad del ver. Hacia um nuevo diálogo visual interepistémico". Nómadas (Col), núm. 35, octubre, 2011, pp. 13-29; Bogotá, Universidad Central de Bogotá, Colômbia.
91) FERREIRA, N. "Os desafios do tempo presente e a colonialidade da natureza". Fronteiras: Revista Catarinense de História, n. 36, p. 69-90, 18 dez. 2020.
98) SEGATO, Rita. "Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial". e-cadernos CES [Online], 18 | 2012.
Para finalizar a disciplina Sociologia e Comunicação, a aluna Bruna Azevedo Quintanilha fez uma análise da gastronomia na televisão tendo como base conceitos de Erving Goffman e Guy Debord.
"A alimentação, no início da história da humanidade, era vista apenas como uma prática
essencial para a nossa existência e como um meio de sobrevivência do indivíduo. Entretanto,
com o passar dos anos, a culinária sofreu grandes modificações e aperfeiçoamentos em suas
práticas, começando a ser comercializada e ultrapassar o seu conceito essencial, que é a
sobrevivência do ser humano. Nesse contexto, a gastronomia se reconfigurou ao longo do
tempo, acompanhando as demandas de cada período histórico e os avanços das tecnologias de
comunicação. Consequentemente, a culinária se inseriu na mídia por meio de programas e
reality shows e se tornou um produto midiático absorvido pelos principais meios de
comunicação. "