De volta aos trabalhos!
A aluna Caroline Vicente utilizou alguns conceitos de Marx para embasar seu texto. Ela aborda a criminalização do Funk pelas classes dominantes, analisando dois projetos de Leis recentes.
_____________________________________________________________________
Projeto
de lei 01-00002/2013 e a “Lei do Pancadão”,
análise através dos conceitos de Marx
Introdução
O tema
que pretendo abordar para análise neste texto é o projeto de LEI 01-00002/2013 que: “Proíbe a utilização de vias públicas, praças, parques e jardins e
demais logradouros públicos para realização de bailes funks, ou de quaisquer
eventos musicais não autorizados e dá outras providências”, dos vereadores
Conte Lopes (PTB) e Coronel Camilo (PSD) vetado pelo prefeito de São Paulo
Fernando Haddad no dia 08/01/2014, e a LEI Nº 15.777, DE 29 DE MAIO DE 2013 que
estabelece que veículos fiquem proibidos de emitir ruídos considerados de alto
nível pela legislação mais restritiva, "provenientes
de aparelhos de som de qualquer natureza e tipo, portáteis ou não,
especialmente em horário noturno.", e que começou a valer a partir de
01 de janeiro de 2014 na cidade de São Paulo.
Análise
do objeto a partir dos Conceitos de Marx
Para Marx “a história de todas as sociedades até nossos dias é a história da luta
de classes (...) opressores e oprimidos se encontram sempre em constante
oposição” (Manifesto Comunista). E é dessa eterna luta de classes que
surgem as mudanças socias.
Para ele a sociedade pode ser vista
como um edifício onde sua base (infraestrutura) é de origem econômica, ou seja,
é baseada no conjunto das relações de trabalho, e o modo de produção vigente em
determinado tempo e lugar. E nos andares superiores estariam às superestruturas
que seriam reflexos da base material da sociedade, e que abrangeriam as normas
jurídicas, os comportamentos políticos e sociais, as manifestações religiosas,
a base ética, filosófica e moral, ou seja, toda a aparência da sociedade.
Porém grande parte da superestrutura
social age de maneira a dar sustentação ao estado, mascarando a realidade e
impondo verdades em nome da uniformidade, da identidade, das liberdades, etc.,
criando ideologias a fim de legitimar a base.
Contudo, para Marx, ideologias servem
apenas para mascarar a exploração das classes oprimidas. Seu objetivo é evitar
os conflitos abertos entre dominadores e dominados servindo como uma forma de
consciência, mas uma consciência parcial, ilusória e enganadora que se baseia
na criação de conceitos e preconceitos como instrumentos de hegemonia da classe
dominadora.
Se ideologia é um instrumento das
classes dominadoras para perpetuar suas ideias entre as classes dominadas, os
dominados se tornam alienados sobre sua própria consciência de classe, não
possuindo uma consciência de classe e nem de sua condição de explorados.
Mas afinal o que tudo isso tem a ver
com o projeto de LEI
01-00002/2013 e a LEI Nº 15.777 da cidade de São Paulo?
Continue lendo, clique aqui!
2 comentários:
Olá, o texto despertou boas questões.
O que mais achei interessante no raciocínio da Caroline é a reflexão sobre a guerra de ideologias que na verdade é um entrave para o fortalecimento coletivo da consciência de classe.
Abraço,
Obrigada pelo seu comentário. Seja sempre bem-vindo!
Postar um comentário