quarta-feira, 3 de abril de 2013

Sociologia e Comunicação - Trabalho Final: Cinema Novo e o Velho Marxismo


A aluna da turma de Sociologia e Comunicação, Andressa Hygino, utilizou três conceitos fundamentais em Marx - ideologia, alienação e luta de classes - para explicar a relação do Cinema Novo brasileiro com o Manifesto do Partido Comunista. 

O texto segue abaixo. Para continuar lendo, basta clicar no link!
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

cena do filme Terra em Transe

Analisando o Cinema Novo como um movimento de cunho cultural e político, repercutindo como um fato social, o intuito deste trabalho é analisar como o seu projeto se identifica com o discurso marxista, propriamente aquele que se apresenta no Manifesto do Partido Comunista, através de três chaves principais: a ideologia, a alienação e a luta de forças.

O Cinema Novo se destaca na década de 1960, no Brasil, tendo sido um movimento formado por um grupo de cineastas e fomentado por alguns críticos comprometidos com a luta por um cinema com identidade nacional. No seu contexto de surgimento, o projeto cinema-novista consistia em uma frente contra a hegemonia dos filmes norte-americano no mercado interno. A questão é que esse movimento desloca a questão mercadológica para uma questão política, pelo que apontavam ser uma estratégia sedutora de Hollywood para difusão de hábitos e valores enquanto indústria representativa dos Estados Unidos da América. Pelo poder dessa grande indústria, a estética e linguagem do cinema foram estabelecidas para o público brasileiro (que ainda estava em processo de receber outras filmografias mundiais) no modo como foram moldadas pelas suas contínuas produções, estabelecendo um padrão. A familiaridade do público com os filmes americanos parecia ainda maior quando vista em comparação com os filmes nacionais, já que os filmes do cinema novo foram taxados como sendo de difícil compreensão. Logo, os críticos perceberam que havia no cinema americano uma ideologia que imperava de maneira que o público assumia uma certa recusa por filmes que se apresentassem esteticamente diferentes ou tocasse em assuntos mais complexos, mesmo que mais próximos. Vemos que os filmes de Glauber Rocha até hoje são considerados difíceis por um público somente acostumado com o cinema norte- americano. A base dessa ideologia era o discurso universalista, os temas rasos e que transmitiam a sensação de pertencer a todo o mundo.
Continue lendo, clique aqui.

Nenhum comentário: