Mohandas Souza, aluno da disciplina de Comunicação e Cultura Popular de 2017.1, traz uma discussão sobre identidade, hibridismos e a relação entre o local e global no caso do Mangue Beat, um movimento cultural recifense que mistura o maracatu e outros ritmos regionais com o rock, hip hop, funk e música eletrônica.
"O mangue é um conceito que visa à instauração de todo um cosmos geográfico, político, estético e cultural. O conceito de mangue é apresentado como uma área no limite entre o rio e o mar, moldado ao sabor do devir das marés, onde as trocas entre água doce e salgada geram um dos mais férteis berçários da vida. Sem deixar de considerar que a diversidade, a fertilidade e a riqueza das possibilidades de vida deste ecossistema possam ser ocasionalmente nocivas, como os mosquitos que também se proliferam ali. Este ecossistema conceitual é associado, em seguida, à cidade que o aterrou para se construir acima dele, a partir da expulsão dos holandeses ainda no século XVII. O delírio do progresso submeteu o mangue à proposta de ser uma metrópole, o que ele não pode ser. Assim, com suas veias interditadas pelo aterro, o mangue sucumbe à falta de arejamento de suas vias, enquanto Recife sofre pela miséria e caos urbano".
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Postagem: Matheus Bibiano - graduando de Estudos de Mídia/
Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/UFF - GRECOS/LAMI
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