Estamos no início de mais um semestre letivo no curso de Estudos de Mídia e, como de costume, vamos postar os trabalhos que mais se destacaram no semestre passado nas turmas de Sociologia e Comunicação e Sociologia e Comunicação I.
Para abrir essa sequência, segue a resenha da aluna de Sociologia e Comunicação I, Joana d'Arc.
Joana teve como objeto de análise os filmes "A Pedreira de São Diogo" e "Do Porto ao Porto Maravilha". Ambos foram exibidos em uma sessão do CINECLUBE DO GRECOS, com direito a um bate-papo com a idealizadora do segundo filme, Priscila Xavier.
A resenha da Joana é muito interessante para pensarmos a atual conjuntura da cidade do Rio de Janeiro e seu entorno. A partir de um breve apanhado histórico, com a referência do filme de Leon Hirzman e a contextualização contemporânea a partir do filme de Priscila Xavier, a aluna aborda temas como a remoção de comunidades inteiras, resultado de um processo de gentrificação cada vez mais presente em uma cidade-empresa destinada a ser campo para mega eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, e a resistência popular, imprescindível para a utilização mais democrática do espaço público.
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Resenha dos curtas-metragens: “A pedreira de São Diogo” (1962), de Leon Hirszman e “Do Porto ao Porto Maravilha” (2011) de Priscilla Xavier.
Décadas
separam os curtas “A pedreira de São Diogo” e “Do Porto ao Porto Maravilha”,
porém, as transformações urbanísticas pairam em ambos, conjuntamente com a
remoção da população de sua moradia. Além disso, ainda que sejam períodos
distintos, ainda que o primeiro curta seja uma ficção, ainda assim, eles
revelam um retrato real, problemático e que se repete ao longo da história da
cidade do Rio de Janeiro: um retrato de transformações que se dizem embasadas
em avanços, melhorias, investimentos, mas que parecem nada se importar com a
população local.
O curta “A
pedreira de São Diogo” conta a história de trabalhadores de uma pedreira que ao
perceberem que o aumento da carga de uma das explosões irá ocasionar o
desabamento dos barracos da favela, localizada acima da pedreira, resolvem
convocar a população para resistir e impedir a continuação das explosões. Vale
ressaltar que esses trabalhadores também são moradores dessa favela, mas não
podem parar seu trabalho, pois precisam dele e também porque sabem que podem
ser substituídos por outros que darão continuidade as explosões. Esse curta aponta
para o descaso com a população pobre e moradora de favela, nele tem-se a
sensação de que as casas e aquelas pessoas não são consideradas e com isso as
“remoções” (devido as explosões) das casas seriam apenas como mais pedras retiradas
do caminho.
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