segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Sociologia e Comunicação - Trabalhos Finais: Análise Sociológica "The Handmaid's Tale"



Marcelle Souto, aluna da disciplina de Sociologia e Comunicação 2018.1, analisa a primeira temporada da série The Handmaid's Tale com teoria e conceitos elaborados por Durkheim e Bourdieu, trazendo reflexões acerca da noção de "anomia" e "ordem social".

"Essa sociedade dialoga claramente com os pensamentos de Durkheim, visto que em sua concepção o geral se impõe ao particular. A tal consciência social se impõe aos sujeitos como formas sociais comuns de agir e pensar, o fato social, com a única garantia da coesão e da ordem. Na república de Gilead, os sujeitos têm funções específicas e cada um se encaixa dentro de um molde, cada regra precisa ser seguida e tudo deve funcionar na mais perfeita ordem, as ruas são limpas e não há violência. Ao mesmo tempo que essa sociedade tem toda uma estrutura rígida, eles estão conseguindo reverter a situação da infertilidade tanto do solo quanto das mulheres, por meio das aias." 

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Postagem: Victória Guedes - graduanda de Estudos de Mídia/
Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/UFF - GRECOS/LAMI

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Sociologia e Comunicação - Trabalhos Finais: HANNAH GADSBY EM “NANETTE” E O HUMOR AUTODEPRECIATIVO NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE



A aluna Anna Júlia Viana da disciplina de Sociologia e Comunicação 2018.1 traz uma reflexão sobre humor e identidades na contemporaneidade, analisando a apresentação de Hannah Gadsby em "Nanette", uma narrativa permeada de conteúdo do universo LGBT e feminino através da vivência da autora.

"A modernidade líquida traz o fim das autoridades, até então absolutas na hora de designar qual identidade deveria ser incorporada; é preciso criar sua própria identidade e passar a vida a redefinindo. Tanto a mudança quanto a conservação não são naturais, ambas necessitam de contexto e o da modernidade líquida é o da possibilidade completa de mudança.
O modo de vida de consumo irrefreável e de exposição da vida privada no meio público faz com que as pessoas procurem por exemplos, não autoridades. Ao tratar abertamente sobre questões como sexualidade nesses espaços coletivos, o que se espera é empatia por parte do público."

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Postagem: Victória Guedes - graduanda de Estudos de Mídia/
Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/UFF - GRECOS/LAMI


quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Sociologia e Comunicação - Trabalhos Finais: "Sonder: the realization that everyone has a story"




Eduarda Rodriguez, aluna da disciplina Sociologia e Comunicação 2018.1, analisa com base teórica em Simmel e  Bauman, o neologismo "Sonder" criado por John Koenig para o Dictionary of Obscure Sorrows, que nomeia sentimentos que não existem em palavras.  

"Na vida moderna o tempo todo estamos recebendo informações, sejam essas nas ruas com anúncios e outdoors coloridos por todos os lados ou em casa com as televisões, celulares e todas as outras telas que compõem o dia a dia das pessoas. Diante disso, pode-se observar que cada vez mais os sujeitos nutrem o sentimento de que há muito acontecendo no mundo, porém pouco é alcançado e experimentado. Nesse sentido, a sensação de que todos os seres humanos possuem uma história própria torna-se possível, porém a angústia aparece ao perceber que talvez a sua existência não afete em nada na história do outro, que talvez você seja apenas mais um coadjuvante ou que até mesmo suas histórias nunca se cruzem."

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Postagem: Victória Guedes - graduanda de Estudos de Mídia/
Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/UFF - GRECOS/LAMI

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Comunicação e Cultura Popular - Trabalhos Finais: Um conto sobre blasfêmia

Vinícius Machado, aluno da disciplina Comunicação e Cultura Popular 2017.1, explora os usos da blasfêmia na literatura neste ótimo conto sobre a trajetória de Nemo, um ladrão no melhor estilo Robin Hood, que rouba dos ricos para dar aos pobres e carrega consigo uma certa noção de justiça.
“Eu roubo dos ricos para conseguir comida o suficiente para alimentar duas pessoas pobres” dizia Nemo gesticulando felizmente para seus colegas da guilda de ladrões “Eu sou bem pobre e como por dois”. Os seus colegas todos riam e algum deles deu um tabefe nas suas costas magras que quase o fez derrubar um pouco de cerveja na capa negra que cobria quase seu corpo todo. Rir da desgraça às vezes é a única coisa que sobra para algumas pessoas e Nemo com certeza era uma delas. Ao virar sua caneca e perceber que apenas umas gotas caiam em sua boca, se aventurou até o balcão desviando das poças de mijo, cerveja e das tábuas soltas de madeira encardida; a guilda dos ladrões era sem dúvidas um dos lugares mais grotescos da cidade. “Você não devia beber assim hoje, tenho um trabalho que eu não ofereceria nem para meu pior inimigo, algo que Ninguém pode fazer” disse uma voz.
Blasfêmia sempre foi uma diversão para a família de Nemo, principalmente antes do pai dele ter sido queimado por difamar contra o clero e o Rei. Os padres falavam “Ninguém pode roubar” ou “ninguém pode mentir” e todas essas baboseiras. E por isso o garoto foi chamado de Nemo, que significa “Ninguém”. Ele podia tudo que era proibido aos outros e os próprios padres o liberavam.
Seu pai era um velho homem que passava o dia perturbando as pessoas que sabiam ler para conseguir pequenos pedaços de informação, o que não era muito, mas o suficiente ao longo dos anos para saber que nem o Rei e nem os padres eram melhores que ninguém; uma verdade perigosa. Ao espalhar essas palavras na hora e no lugar errado foi considerado herege e queimado. Uma lição que Nemo levou para o resto da vida: “Se for para fazer faz certo” ecoavam os gritos de sua mãe nas suas memórias “Não adianta ser inteligente de um lado e burro do outro”.


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Postagem: Matheus Bibiano - graduando de Estudos de Mídia/
Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/UFF - GRECOS/LAMI



segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Comunicação e Cultura Popular - Trabalhos Finais: Usos e Apropriações do Fidget Spinner



Nicholas Sassi, aluno da disciplina Comunicação e Cultura Popular 2017.1, traz uma discussão sobre os usos e apropriações do fidget spinner, um "brinquedo giratório" que passa um objeto de escritório para um objeto de trabalho com a ansiedade de crianças e adolescentes.

"O Fidget spinner é por definição uma máquina inútil, ou seja, um dispositivo que tem uma função, mas não tem um propósito específico. Feito normalmente de plástico, aço, titânio ou cobre, o objeto, de forma geral, é um conjunto, normalmente de dois ou três, pesos ligados a um rolamento independente no centro. Quando os pesos são movimentados começam a girar em volta do centro e é possível sentir as várias forças de rotação atuando no objeto. 

Para além da definição material, se faz muito difícil definir o objeto enquanto propósito, isso pois, muito embora seja associado a brinquedos, suas apropriações por diversos grupos para diversos propósitos é deveras variada. Por conta disso, até mesmo o nome do produto, em suas variedades possíveis, não é uma unanimidade".

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Postagem: Matheus Bibiano - graduando de Estudos de Mídia/
Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/UFF - GRECOS/LAMI

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Blog do GRECOS indica: site do NEMES

O Blog do GRECOS indica o site do Núcleo de Estudos de Mídia, Emoções e Sociabilidade - NEMES, coordenado pelo prof. João Freire Filho, ECO/UFRJ, e tendo como vice-coordenadores os profs. Mayka Castellano e Tatiane Leal.

No site, conforme divulgação, "além da produção intelectual dos participantes do grupo de pesquisa, há um arquivo atualizado de notícias sobre emoções e temas afins".

Parabéns e vida longa ao NEMES!






quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Sociologia e Comunicação - Trabalhos Finais: "Conservação e transformação da estrutura social no filme A Vizinhança do Tigre"


Ingá Maria, aluna da disciplina Sociologia e Comunicação de 2017.1, propõe uma reflexão sobre o filme A Vizinhança do Tigre, longa-metragem brasileiro, dirigido por Affonso Uchoa, que trata da trajetória de Juninho, Eldo, Adilson, Menor e Neguinho, jovens moradores da periferia de Contagem/MG, na "travessia entre a infância e a vida adulta, pelas ruas, terrenos, casas e quintais do Bairro Nacional, Região Metropolitana de Belo Horizonte". Para compor esta reflexão, ela recorre à contribuição de Pierre Bourdieu sobre a relações de divisão do campo de poder e sua teoria social do Construtivismo estruturalista/Estruturalismo construtivista.

"Se aplicarmos essa chave de leitura para A Vizinhança do Tigre, rapidamente percebemos a expressão inegável de uma estrutura social que incide sobre os corpos e as práticas dos sujeitos filmados. Junim precisa pagar a dívida que contraiu com agiotas dentro da prisão. O campo do poder, comparável para Bourdieu com “um espaço geográfico no interior do qual se recortam posições” também se faz presente e ainda na primeira sequência do filme, um dos garotos recebe uma carta de intimação da justiça. Até mesmo os poderes sociais fundamentais, que o sociólogo denomina de capitais, encontram sua manifestação econômica nas casas sem reboco ou sua expressão cultural através da associação fácil entre meninos da periferia e o gosto pelo rap".

Assista ao trailer do filme:


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Postagem: Matheus Bibiano - graduando de Estudos de Mídia/
Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/UFF - GRECOS/LAMI

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Comunicação e Cultura Popular - Trabalhos Finais: Mangue Beat: O mangue e o mundo



Mohandas Souza, aluno da disciplina de Comunicação e Cultura Popular de 2017.1, traz uma discussão sobre identidade, hibridismos e a relação entre o local e global no caso do Mangue Beat, um movimento cultural recifense que mistura o maracatu e outros ritmos regionais com o rock, hip hop, funk e música eletrônica.

"O mangue é um conceito que visa à instauração de todo um cosmos geográfico, político, estético e cultural. O conceito de mangue é apresentado como uma área no limite entre o rio e o mar, moldado ao sabor do devir das marés, onde as trocas entre água doce e salgada geram um dos mais férteis berçários da vida. Sem deixar de considerar que a diversidade, a fertilidade e a riqueza das possibilidades de vida deste ecossistema possam ser ocasionalmente nocivas, como os mosquitos que também se proliferam ali. Este ecossistema conceitual é associado, em seguida, à cidade que o aterrou para se construir acima dele, a partir da expulsão dos holandeses ainda no século XVII. O delírio do progresso submeteu o mangue à proposta de ser uma metrópole, o que ele não pode ser. Assim, com suas veias interditadas pelo aterro, o mangue sucumbe à falta de arejamento de suas vias, enquanto Recife sofre pela miséria e caos urbano".

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Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/UFF - GRECOS/LAMI

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Sociologia e Comunicação - Trabalhos Finais: “Her: uma análise do papel da tecnologia na vida dos sujeitos"



Letícia de Oliveira, aluna da disciplina Sociologia e Comunicação de 2017.1, elabora uma análise muito pertinente sobre a presença incorporada e cotidiana da tecnologia em nossas vidas. A partir do texto "A metrópole e a vida mental" de Georg Simmel, Letícia traz suas considerações sobre o filme Her (2013), argumentando acerca da solidão do sujeito pós-moderno e a inserção da tecnologia como preenchimento de um vazio esquizo. O filme, dirigido por Spike Jonze, narra a história de Theodore, um escritor solitário recém divorciado que se apaixona pela assistente virtual personalizada de um sistema operacional de computador.

"Fazendo,  agora, um  paralelocom  as  teorias  de  Simmel acerca  da  modernidade, observamos que em “A metrópole e a vida mental”,encontramos várias questões quese relacionam profundamente com a realidade mostrada na sociedade de “Her”. O  autor constrói  seu  raciocínio  em  cima  dos contrastes  entre  a  vida  no  campo  e  na  cidade  e explica que “a base  psicológica  do  tipo metropolitano de  individualidade  consiste  na intensificação dos estímulos nervosos” e como, na sua concepção, essa dinâmica acaba extraindo do homem uma “quantidade  diferente  de  consciência”. Simmel  argumenta que o acelerado ritmo de vida das cidades, bem como o fluxo frenético de informações e os estímulos constantes acabam por engendrar nesse indivíduo uma necessidade de auto preservação perante tanta pressão. Em suas palavras, “os problemas mais graves da vida moderna nascem na tentativa do indivíduo de preservar sua autonomia e individualidade em  face das  esmagadoras  forças  sociais.”  Em  resposta  a  esses  processos,então,  os sujeitos passam   a reagir   de   diversas   formas:   com   uma   maior   racionalização   da realidade,  para  proteger  seus emocionais;  com  uma  maior  impessoalidade,  ao  mesmo passo  em  que  são  indivíduos extremamente  voltados  para  si;  com  uma  atitude  blasé – como se estivessem tão saturados que mal fossem capazes de reagir aos estímulos; com uma  reserva  quanto  à  sociabilidade  que  acaba se  traduzindo  em  um  individualismo  de aversão e estranheza".

Assista ao trailer do filme:


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Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/UFF - GRECOS/LAMI

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Comunicação e Cultura Popular - Trabalhos Finais: "O bode e a cabra: paródia, hibridismo e espaço de disputas no âmbito da cultura popular"



Tito Guedes, aluno da disciplina, Comunicação e Cultura Popular, de 2017.1, traz a discussão sobre a questão da paródia e dos hibridismos dentro do contexto musical na cultura popular. A partir destes conceitos-chave, muito bem discutidos durante a disciplina, Tito elabora uma análise da música "O bode e a cabra", paródia musical interpretada por Rita Lee, que aparece a partir da música "I want to hold your hand" do quarteto britânico The Beatles, e argumenta sobre os deslizamentos de sentido dados na apropriação da faixa por Rita Lee.

"Observando a letra da música, é possível notar que se trata, claramente, de uma paródia à música dos Beatles, com um forte apelo ao humor. Enquanto a canção composta por Lennon e McCartney é estritamente romântica, a versão de Renato Barros narra a pitoresca história de um bode que pisa no pé de uma cabra, machucando-a, mas em seguida a cura com um beijo. Ou seja, ele transforma uma declaração de amor da banda mais influente no cenário pop internacional da década de 60 em uma história de amor entre um bode e uma cabra, trazendo aquele contexto urbano e europeu para um contexto regional, popular.

Nesse sentido, a gravação feita por Rita Lee em 2009 se torna ainda mais expressiva, pois ela utiliza um arranjo de forró, enquanto a gravação original mantinha um arranjo semelhante ao dos Beatles. Ou seja, ela deixa de lado o rock, um som totalmente urbano, moderno e “internacional”, e adota uma musicalidade brasileira, tipicamente nordestina".

Veja aqui abaixo a paródia de Rita Lee:



Agora, veja a versão original, dos Beatles:



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Postagem: Matheus Bibiano - graduando de Estudos de Mídia/
Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/UFF - GRECOS/LAMI