terça-feira, 16 de junho de 2009

os pensadores, Karl Marx


Karl Heinrich Marx nunca se considerou sociólogo. Contudo, teve uma enorme importância para a Sociologia e demais ciências sociais.
Tendo como base a sociedade do século XIX, Marx tenta em sua teoria, entender seu funcionamento.
Segundo Marx é necessária a existência do homem, para que ele possa pensar. Portanto, o homem primeiro deveria produzir suas condições materiais e concretas de vida (bens necessários para existência e sobrevivência) para só depois disso, poder filosofar.
Esse processo foi chamado por ele de infraestrutura: a base econômica da sociedade. Está relacionada às formas de produção de bens necessários para a sobrevivência, onde a própria sociedade cria necessidades sempre superiores em quantidade e qualidade. Essas crescentes necessidades incentivam – segundo Marx - o desenvolvimento constante das forças produtivas. Assim, o trabalho para o homem seria indissociável da existência humana.
Daí o materialismo: o homem produzindo sua existência de forma concreta, trabalhando e produzindo as “coisas da vida”. Cada mudança na maneira de produção ou nas relações sociais de produção faz com que mude a maneira de se viver também.
Para Marx não são os pensamentos que determinam a vida; é a vida que determina os pensamentos. Essa é a base do materialismo histórico.
O materialismo histórico se dará onde a consciência do homem é determinada pela realidade social, ou seja, pelo conjuntos de meios de produção, "base real sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política e à qual correspondem formas de consciência social determinada".
O estado burguês institui a idéia de igualdade, liberdade e fraternidade, conseguindo com isso, a dominação através de sua ideologia. A revolução burguesa é um sistema produtivo de inversão de valores que se mantém principalmente pela superestrutura.
A superestrutura reafirma este modo de vida como correto, a fim de manter o sistema. É a filosofia contribuindo para a formação do Estado burguês. Pode-se, portanto, definir superestrutura como o Estado, as Leis, as Normas. É o poder vindo de cima para baixo, ‘dizendo’ que existe a lei e esta tem que ser respeitada.
Para Marx, os trabalhadores deveriam servir de alavanca para derrubar as bases econômicas em que se fundamenta a existência das classes, e, por conseguinte, a dominação de classes.
No modo produção capitalista a acumulação do capital só reproduz a relação de dominação e exploração numa escala progressiva: com mais concentração de renda por um lado, e com mais assalariados por outro. O que recria o proletariado não é apenas a pobreza natural, mas a pobreza artificialmente provocada. Tendo o poder econômico e político nas mãos, a burguesia faz um discurso que convence os trabalhadores de que a proposta de modernidade seria o melhor para o futuro.
A história humana, determinada pelas contradições nos modos de produção, implica a dominação de uma classe social por outra, acabando por instituir a luta de classes (burguesia x proletariado). Essas duas classes mantêm uma oposição de valores e de interesses, sendo produto da propriedade privada, e sempre existirão em função dela. Essa oposição consiste na luta de classes, luta constante entre interesses opostos embora esse conflito nem sempre se manifeste socialmente sob a forma de guerra declarada.

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