sábado, 18 de julho de 2009

Disputa Simbólica



Fizemos um site experimental para incentivar a discussão sobre comerciais televisivos. A partir dos conceitos apresentados no curso, criamos categorias de links e um forum. Temos também um e-mail para contato (disputasimbolica@gmail.com) e um canal no youtube, em que favoritamos videos para leitura crítica e hospedamos o video-apresentação do site. O site se chama Sentido em Disputa e o forum Disputa Simbólica. Alunos e alunas do grupo: Francis Carnaúba, Tiago Rubini, Marilia Dias e Thais Dias.

As Múltiplas Identidades dos Sujeitos Pós-modernos


O trabalho Carlos Eduardo, Felipe dos Santos Claudino e Juliana Chalu, pretende pensar e levantar questionamentos em torno da construção da identidade.
O sujeito te a liberdade de se reinventar no mundo, criar sua identidade, desempenhar inúmeros papéis sociais. Vive em construção da identidade contemporânea, na qual “quem você é só faz sentido se você acredita que possa ser outra coisa além de você mesmo”. Sendo assim, vale a pena pensar até onde somos nós mesmos, ou somos produtos dos meios; nossa identidade não é a que domina, se nosso gosto, nosso modo de vestir é realmente nosso....

Panografia: a fotografia pós-moderna



A idéia para o trabalho de Ana Carolina Perdigão surgiu a partir de reflexões levantadas nas aulas de Sociologia e Comunicação II, mais especificamente, no debate sobre Globalização e Pós-Modernidade. Busquei, através desta colagem, trazer de alguma forma essas questões para o campo da arte fotográfica.
Se a fotografia é moderna por essência, é verdade que em tempos de descentramento do tempo-espaço e da disseminação da multiplicidade de discursos, ela corre riscos de perder o seu valor como registro. O homem, sentindo-se desorientado e angustiado com a impossibilidade de estabelecer certezas, perde a crença na máquina capaz de registrar com luz um recorte de visão por ele selecionado. Surge então, e dissemina-se pela internet, uma nova forma de fotografar (ou colar fotografias), a panografia. Ainda que sua ampliação no recorte do tempo-espaço de alguma forma possibilite uma criação de sentido/afetividade facilitada, este não parece ser o intuito da panografia. Sua única verdade é justamente a incapacidade de afirmar-se como completa.

Os comerciais das Sandálias Havaianas


Análise dos comercidas Havainas. Trabalho Final de Matheus Marins Alvares para a disciplina de Sociologia.
A escolha, nos comerciais, de um slogan que generaliza seus espectadores ("havaianas, todo mundo usa") e a série extensa de propagandas das sandálias utilizando basicamente a mesma fórmula, a cada vez com uma celebridade diferente vivendo um contexto variado, em geral sendo uma situação curiosa, mas que poderia ser vivida por qualquer ser humano. O que remete a adoção de uma cultura massificada em seu desenvolvimento, já que o grande atrativo do produto é a ideia de que todos o consomem. Liga, então, no comercial com a situação “todo mundo vive”, a imagem do produto “todo mundo usa” com uma celebridade que se torna um todo mundo pode ser pelas circunstâncias na propaganda de uma sandália que quase todo mundo pode ter.
Seguindo esse raciocínio, podem-se encontrar princípios de generalidade por tratar-se sempre de “todo mundo”, exterioridade por existir independente da vontade individual e coercitividade por agir sobre as consciências individuais, incentivando a agir de determinada maneira. Nota-se, portanto, no comercial uma relação com a ideia de consciência coletiva e com o conceito de fato social, desenvolvidos pelo sociólogo Émile Durkheim, em que as diversas celebridades que protagonizam os comerciais podem ser encaradas como a imagem que representa a maioria, por fazerem, falarem e criarem valores que poderiam ser vivenciados por essa massa, mas que são apresentados apenas por uma celebridade, representando a maioria. Entra então, o uso das sandálias na publicidade com o objetivo de atingir a sociedade e faze-la encarar como um comportamento comum e já estabelecido, estratégia não raramente utilizada em propagandas.

Programa de rádio Qual é o seu estigma?

Programa de rádio realizado por Clarissa Barreira, Lívia Simas, Richard Ruszynski e Thiago Saldanha:




Estigma, segundo os gregos, era o sinal corporal que evidenciava algo sobre o status moral de quem o apresentava. Atualmente, o termo foi expandido e é mais comumente aplicado às desgraças pessoais. Deste modo, a sociedade, por diversos meios, estabelece e caracteriza o “normal” e a partir desses princípios preconcebe categorias. Logo, o estigma é associado a algo depreciativo, um estereótipo que pode, ou não, corresponder ao real.

Através da gravação do programa de rádio “Qual é o seu estigma?”, o grupo buscou exemplificar os casos lidos. Um locutor preconceituoso desafia os seus ouvintes (personagens caricatos), acreditando adivinhar suas características pessoais por informações superficiais dadas. O jogo entre o “estigmatizador” e os “estigmatizados” constitui o fio condutor desta brincadeira que pretende retratar ironicamente a realidade ácida que vivenciamos.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Trabalhos Finais de Sociologia - 2009/01

Trabalho apresentado por Júlia Pacheco na disciplina de Sociologia e Comunicação, relacionando noção de indivíduo, mercado publicitário e cultura massificada a partir das teorias de Karl Marx e Émile Durkheim.



A classe dominante, detentora do poder, rica e forte, utiliza especialmente o mercado publicitário para propagar as suas mensagens ideológicas ao resto da sociedade. O objetivo é fazer com que esses indivíduos partilhem dessa ideologia, atendendo aos interesses da classe dominante espontaneamente. Para Karl Marx a ideologia é uma falsa consciência. Essa ideologia tem a capacidade de camuflar os reais interesses da burguesia, aparentando representar ideias gerais referente a todos. As ideias de uma determinada época são também fenômenos de classe: a classe que domina economicamente domina ideologicamente. Os mais poderosos a exercem nas organizações religiosas, nos meios de comunicação em massa, nas escolas; assim, conseguem impor sua visão de mundo.

Coisa Pública e Coisa Privada


Trabalho Final de Sociologia II apresentado por Jônatas Nunes:


"Coisa Pública &X Coisa Privada"

Vivemos em uma sociedade bem mais diversificada e virtual com o desenvolvimento de novas tecnologias (Pós-Modernidade). Procurando trabalhar em cima de uma nova ferramenta da internet, tratando-se de um sistema de trocas de mensagens supercurtas que está virando um fenômeno da grande rede, ou seja, o “twitter”, desenvolveremos uma discussão em relação a conceitos de público e privado juntamente com o desenvolvimento da grande teia mundial.
O século XXI é, sem dúvida, marcado pelo aumento da utilização da internet e consigo um surto também do uso de redes sociais, e podemos citar o twitter como um fenômeno atual da web 2.0, o qual é responsável por uma discussão sobre conceitos do privado e o público. É certo que estes conceitos atualmente, de uma certa forma, estão se confundindo. O mundo interior (mundo íntimo) se exteriorizando em blogs/perfis/facebook/myspace/Orkut/ twitter/ YouTube.
Podemos perceber uma crescente procura de internautas em expor e produzir seus conteúdos, onde muitos colocam suas intimidades em textos/imagens para, literalmente, todo o mundo ver. Num mundo onde a circulação e debates da informação eram principalmente em espaços privados de esfera pública (os cafés), ou seja, a esfera pública era discutida nestes locais privativos. Agora com o advento da internet e seu desenvolvimento, quem tem acesso é capaz de discutir sobre “coisas privadas” num espaço público, na qual expõem seus pontos de vista sobre diversos assuntos e também expõem suas vidas e vidas de terceiros (coisas íntimas). Hoje, parece não haver no mundo virtual, uma vontade de se manter privado, e sim público, pois aparecer é o que importa.
Sabemos que é de interesse público o espaço de livre circulação de ideias, democratização da comunicação, porém no mundo virtual o privado está cada vez mais se tornando obsoleto. Então, podemos dizer que, de certa forma, os “conceitos concretos” de privado e público foram para a “privada”!


Bourdieu, Elias e Bauman no twitter

Como reunir Pierre Bourdieu, Norbert Elias e Zygmunt Bauman nos dias atuais? E mais além, como colocá-los frente a frente numa ampla rede social, interagindo via on-line, debatendo em tempo real e twittando? Peraí, TWITTANDO? É, isso mesmo! Três monstros da Sociologia agora estão no Twitter, a nova febre da internet, e estão juntos, um seguindo o outro, trocando idéias, concordando com suas teorias e se alfinetando também. Agora pare de imaginar e venha logo conferir este encontro histórico, promovido por Flávia Machado, Taiane Cordeiro e Thalita Monnerat.




Trabalhos Finais de Sociologia - 2009/01 - Parte II

Continuando com os trabalhos finais, abaixo segue o de Priscila Mataruna, aluna de Sociologia II.


Fazer parte de uma comunidade referencial pode, sim, restringir nossa visão de mundo. Simplesmente morar numa cidade grande impossibilita que tenhamos uma cosmovisão próxima da realidade e, portanto, vamos vivendo dentro de uma redoma virtual. À medida que crescemos, tudo gira em torno de nós, os pontos turísticos, a publicidade, as melhores oportunidades, as notícias, as novidades do exterior. Crescemos acreditando que todo o mundo é cheio de prédios, ruas com placas e sinais de trânsito por todos os lugares. Basta uma viagem a duas ou três cidades no interior do país para entender que o nosso modo de viver é, na verdade, minoria. E esta ilusão ocorre porque estamos inseridos numa comunidade que é determinada como um espaço social de maior poder diante de outros. Nossa identidade de “pessoas de cidade grande” faz com que nosso capital simbólico seja maior e nossos conceitos de valor, beleza e modernidade sejam copiados nas cidades pequenas, onde as pessoas temem “ficar pra trás” porque foi convencionado que as pessoas que vivem na cidade grande são “superiores”. Por sua vez, reproduzimos modos de vida do exterior, já que a globalização abre as portas para o conhecer o mundo lá fora. Assim, preferimos as capitais mundiais ao nosso estilo próprio e nacional de viver. Eis aí, portanto, uma questão: será que, em todos esses anos, não perdemos a verdadeira identidade nacional - que poderíamos construir juntos com as cidades menores – enquanto impomos dentro de nossa estrutura que o melhor é “civilizar” nossos costumes num contexto globalizado?
As ‘identidades’ flutuam no ar, algumas de nossa própria escolha, mas outras infladas e lançadas pelas pessoas em nossa volta, e é preciso estar em alerta constante para defender as primeiras em relação à últimas” (BAUMAN, Zygmunt. IDENTIDADE, p. 19)

terça-feira, 14 de julho de 2009

Trabalhos Finais de Sociologia - 2009/01 - Parte I

           

Iniciaremos uma série de postagens com os trabalhos finais apresentados para as disciplinas de Sociologia ministradas no primeiro semestre de 2009. A seguir, a análise feita por Fernanda Pôrto, aluna de Sociologia II, acerca do ícone Michael Jackson baseando-se nas teorias de Zygmunt Bauman.


Por meio deste trabalho, será realizado um panorama entre as pesquisas sociológicas do teórico Zygmunt Bauman e toda a carga de discursos abordados pela mídia a partir da morte do maior ídolo pop norte-americano no último dia 25. O episódio abriu espaço para a multiplicidade de assuntos que cercaram a vida de Michael Jackson, assim como novas teorias surgidas com a sua morte. Espetáculo, intimidade, super exposição, fanatismo, idolatria e conceitos intimidade são alguns dos temas a serem desenvolvidos