quarta-feira, 22 de julho de 2009

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Por Bárbara Defanti.

Uma situação rotineira se apresentou ao acaso como um intrigante objeto de estudo. Todos os dias minha avó assiste compenetrada o canal de câmeras do nosso prédio e eu nunca tinha parado pra pensar o quanto um essa ferramenta de segurança pode resultar em diferentes situações de controle. A vigilância dela com a câmera acabou sendo a minha com ela pra realizar o curta-metragem, e só assim percebi que a experiência cotidiana de Dona Maria José e todos os personagens que envolvem a vivência dela tornou-se simulada, mediada por aquelas cenas em preto e branco. Claro e diário exemplo da ideologia de Guy Debord e seu espetáculo, representadas pelos moradores de um edifício não muito movimentado.

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