Como trabalho final da disciplina "Mídia e Representações da Favela", as alunas Ingrid Nepomuceno e Maria Linhares realizaram uma análise da matéria "Na subida do morro", publicada na revista VEJA Rio em junho de 2014 (clique aqui para ler). Analisando desde o seu contexto de publicação e circulação aos discursos dos entrevistados, o trabalho explora bem a proposta de distanciamento que domina a narrativa da matéria e as diferentes realidades da "favela turística" das UPPs - argumentando sobre os estereótipos já impregnados na consciência social de quem não faz parte daquele contexto específico.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Para concluir nossas reflexões e mostrar o que aprendemos durante a disciplina, optamos por realizar a análise de uma representação midiática de favela. Após realizarmos uma pesquisa acerca destas representações na mídia em geral, encontramos uma matéria, veiculada pela revista VEJA Rio, que acreditamos sintetizar diversas questões que nos chamaram atenção e que valem ser abordadas na presente análise. A matéria se chama “Na subida do morro” e foi escrita pelos jornalistas Fabio Codeço e Rafael Cavalieri. Suscintamente, a matéria relaciona a pacificação de diversas favelas do Rio de Janeiro com a popularização destes espaços como ambientes de entretenimento e gastronomia, partindo do pressuposto de que a favela anteriormente era um ambiente “inseguro”, impossível de ser frequentado.
Para que o cenário retratado na matéria pudesse se tornar realidade, a cidade do Rio de Janeiro passou por um processo de gentrificação recente, que há muito tempo era almejado pelo Estado. E, talvez, a principal política implantada para que esse processo fosse concluído tenha sido a criação das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) que são os braços do governo dentro das favelas e, infelizmente, o único braço presente naquele território: o armado. Midiaticamente veiculada, a "sensação de segurança" agora impera na cidade, graças a uma política opressora, exterminadora e mentirosa. Visto isso, analisaremos trecho à trecho a matéria que, em suas primeiras linhas, já demonstra seu caráter preconceituoso e maniqueísta.
Para continuar lendo, clique aqui!
Nenhum comentário:
Postar um comentário