terça-feira, 22 de julho de 2014

Mídia e Representações da Favela - Trabalhos Finais: "As representações de favelas através de letras de funks"

No trabalho final de Raphael Silva para a disciplina "Mídia e Representações da Favela", o aluno utilizou-se da interpretação de algumas letras de funks para compreender o caráter de representação do contexto social no qual o gênero está inserido. Com várias citações à bibliografia do curso, ele buscou problematizar as disputas simbólicas que moradores da favela encontram sua voz através de MCs e suas músicas para falar desse espaço de potencial criativo, econômico e cultural.

Vale a leitura!
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 As representações de favelas através das letras de funks
Antes de começar a analisar as letras, gostaria de problematizar a ideia de identidade, que pautará toda a disputa por representação contida nas letras, e também falar um pouco das raízes do funk no Rio de Janeiro.
De acordo com Tomaz Silva (SILVA, 2000) dentro da perspectiva da diversidade, "a diferença e a identidade tendem a ser naturalizadas (…). São tomadas como dados (…) diante dos quais se deve tomar posição. Em geral, a posição socialmente aceita (…) é de respeito e tolerância". Ratificando essa fala de Tomaz, podemos trazer as discussões de Bourdieu (BOURDIEU, 2011) sobre o espaço físico e social. O autor lembra que a naturalização das realidades sociais no mundo natural acarreta com que as diferenças produzidas pela lógica histórica - ou seja, as disputas históricas no campo do discurso - podem parecer "surgir da natureza das coisas".
Desta forma, este trabalho tentará mostrar como, através das letras de funk, há uma tentativa, por partes dos MC's - moradores das favelas - de quebrar essa visão naturalizada da condição social do local e brigar por uma representação que rompa com os estereótipos, mostre o potencial cultural, econômico e criativo das favelas, contribuindo para a visão de que a favela é um espaço de produção de bens sociais, econômicos e culturais, em potencial de igualdade com qualquer outro espaço urbano.
Clique aqui para conferir o trabalho na íntegra!

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