segunda-feira, 21 de julho de 2014

Sociologia e Comunicação - Trabalhos Finais: "Eutanásia – A vida como Fato Social de Durkheim – baseado no filme Mar Adentro"

A vida como fato social: o trabalho final do aluno Túlio Bordón foi uma análise do filme "Mar Adentro" (2004) sob o olhar de Émile Durkheim. Relacionando a narrativa que levanta o debate da eutanásia no filme (no qual o protagonista vive há mais de vinte anos na condição de tetraplégico) com o conceito de Durkheim, ele aborda os diferentes discursos da trama a fim de pontuar argumentos comuns de grupos seletivos. 
 
Vale a leitura!
 
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Eutanásia – A vida como Fato Social de Durkheim – baseado no filme Mar Adentro.

Introdução:
Mar Adentro é um filme de 2004 de produção espanhola, francesa e italiana. O filme aborda uma questão complexa e polêmica: a eutanásia.
Ramon, o protagonista, é um homem que sofreu um acidente na juventude e acabou tetraplégico. Acostumado a praticar esportes e viajar, ele não suporta sua vida presa a uma cama. Vivendo nessas condições há mais de vinte anos, ele inicia uma batalha a fim de conseguir direito a eutanásia – proibida em seu país. Contando com ajuda de alguns amigos e familiares, ele consegue colocar o tema em foco na mídia e, assim, estimular o debate sócio filosófico acerca do direito/obrigatoriedade da vida por diferentes setores da sociedade: Estado, religião e família.

Análise:
Para Durkheim muitas das nossas atitudes são de alguma forma influenciadas/determinadas por premissas sociais tidas como ”certas”, sem que se tenha consciência delas, a isso ele chama: Fato Social.
Fatos Sociais evidenciam-se com mais clareza quando indivíduos ousam questionar e posicionar-se “contra” as “verdades” assumidas por um grupo social. “Esses tipos de conduta ou de pensamento não apenas são exteriores ao indivíduo, como também são dotados de uma força imperativa e coercitiva em virtude da qual se impõem a ele, quer ele queira, quer não. Certamente, quando me conformo voluntariamente a ela, essa coerção não se faz ou pouco se faz sentir, sendo inútil. (...) Se tento violar as regras do direito, elas reagem contra mim para impedir meu ato, se estiver em tempo, ou para anulá-lo e restabelecê-lo em sua forma normal”. 
É difícil para a maioria observar a vida como um fato social, já que, ao menos no senso comum, ninguém aguarda ansiosamente o dia da própria morte. Porém, e para aqueles que a vida torna-se uma imposição mais do que uma vontade? Como proceder? O que mantém a resistência contra aquele que não mais aguenta o fardo biológico e social da própria existência?

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