segunda-feira, 28 de julho de 2014

Sociologia e Comunicação - Trabalhos Finais: análise do fato social da greve dos metroviários de São Paulo, segundo os principais conceitos de Karl Marx

Para mais um trabalho final da disciplina "Sociologia e Comunicação", a aluna Maria Linhares analisou a greve dos metroviários de São Paulo que aconteceu no início de junho. Com foco em informações divulgada pela Agência Brasil em nota oficial à imprensa, ela pôde tratar de assuntos do filósofo Karl Marx - como consciência de classe, luta de classes, entre outros - para complexificar a greve através de uma análise densa.

Vale a leitura!
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Análise do fato social da greve dos metroviários de São Paulo, segundo os principais conceitos de Karl Marx

“Os metroviários de São Paulo decidiram, em assembleia na noite de hoje (4), entrar em greve a partir de amanhã  (5),  por  tempo  indeterminado.  Segundo  o  Sindicato  dos Metroviários de São Paulo, a paralisação será  total,  com  exceção  da Linha 4­Amarela,  que  não  é representada  pelo sindicato, e funcionará  normalmente.  Uma  nova  assembleia  está  marcada  para  as  17h  de  amanhã  na sede  do sindicato,  no  Tatuapé.  O  Metrô  informou,  no  entanto, que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou  que  o sistema  de  transporte  opere  100%  no  horário  de  pico.  Ou  seja,  que  garanta  o funcionamento total no horário de maior movimento das linhas, e o funcionamento de 70% nos demais horários, sob risco de multa diária de R$ 100 mil. O Metrô também informou que uma nova reunião de conciliação foi agendada para as 15h30 de amanhã, na sede do tribunal, no centro da capital. O TRT confirmou  essas  informações  à  Agência  Brasil,  acrescentando  que  pediu  o  funcionamento  total  do metrô  entre  as  6h  e  as  9h  e  das  16h  às  19h.  Hoje  ocorreu  uma  reunião  de  conciliação  entre representantes do Metrô e do sindicato,  que terminou sem acordo. A empresa elevou a proposta de reajuste  para  8,7%,  que  foi  rejeitada  pelo  sindicato.  Os  dirigentes sindicalistas  disseram  que  não aceitam proposta inferior a 10% de reajuste. Os metroviários reivindicam reajuste de 35,47% [7,95% de  Inflação  mais  25,5%  de  aumento  real], redução  de  jornada  e  adicional  de  periculosidade,  entre outros. O Sindicato dos Metroviários de São Paulo representa os funcionários do Metrô nas linhas 1, 2, 3 e 5 da capital paulista, e aprovou a greve em assembleia na terça­feira (27). A categoria pretendia trocar  a  greve por  catraca livre, mas o governo estadual rejeitou a ideia. Por meio de nota, o Metrô informou que repudia a greve que “só prejudica os usuários e a população de São Paulo”. Segundo a companhia,  4,5 milhões de pessoas usam o sistema, com grande impacto na mobilidade da capital paulista.  Tanto que, por causa da greve, a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) decidiususpender o rodízio, amanhã (5).” (Texto: Elaine Patricia Cruz, Agência Brasil).

A matéria escolhida sintetiza bem o cerne da greve dos metroviários da cidade de São Paulo e a reação do  governo  à  manifestação  legítima  dos  trabalhadores  frente  à  insatisfação  com  as  condições  de trabalho  oferecidas  à  eles,  típica  manchete de jornal  de  um país inserido  no sistema  capitalista. No decorrer  da  pesquisa  sobre  este  fato social,  foram surgindo  diversos outros fatos relacionados que muito  me  chamaram  a  atenção  e  que  acho  válidos  para serem  citados  aqui, como  a  confusão  que ocorreu  na  estação  Itaquera,  uma  das  mais  movimentadas  da  capital paulista.  Por volta das 7h da manhã,  usuários  do  metrô,  alegando  não  terem sido  informados sobre o fechamento  do  embarque, derrubaram e quebraram  grades para entrar nas  plataformas. Por medidas  de segurança,  às 7h40 a estação foi  aberta  após  a  Polícia Militar ser  chamada. Ninguém foi  preso, mas  em  uma das notícias sobre o ocorrido, um usuário entrevistado, administrador, 35 anos, deu a seguinte declaração: "Eu me sinto lesado todos os dias. A gente acompanha o noticiário e nada foi falado sobre o fato de os trens não pararem aqui. A gente achou que teria uma alternativa. Eu só quero trabalhar."

Para continuar lendo, clique aqui!

Nenhum comentário: