domingo, 24 de outubro de 2010

Dicas de textos online


Algumas dicas de arquivos disponíves para download:

Pasta com 196 textos de autores como Bourdieu, Foucault, Latour, Lévi-Strauss, Malinowski, Merleau-Ponty, Sahlins, Viveiros de Castro, Leach, Bhabba e Boas.

Alguns textos de Bauman, Bourdieu, Adorno, Weber, Giddens, Elias, Simmel e Habermas.

Textos de filosofia, psicologia e antropologia. Autores como Mauss, Sartre, Platão, Chauí, Aristóteles, Deleuze, Freud, Kant e Heidegger.

Blog com vários links de textos na área de humanidades. Extensa lista de autores e temas nas tags.

Pasta com arquivos de antropologia clássica e social, estudos culturais, linguística, filosofia, semiótica, política, etc. Com muuuuitos autores, dentre eles, Sousa Santos, Bobbio, Luhmann, Florestan Fernandes, Umberto Eco, Stuart Hall e Geertz.


Dica de blog



Já viram o blog Que Cazzo é esse? É um espaço desenvolvido por professores e alunos do Departamento de Ciências Sociais e do PPGS da UFPE e do Departamento de Ciências Sociais e PPGS da UFPB. Voltado para teoria e metodologia das ciências sociais, trata também de antropologia, história, filosofia, feminismo, comunicação e temáticas contemporâneas.
Para ilustrar, um post sobre Simmel, sociólogo estudado esse semestre no Grecos: "Da vida ao tempo: Simmel e a construção da subjetividade no mundo moderno", de Jonatas Ferreira.
Fica a dica!

Dicas de documentários


Aqui vão algumas dicas de filmes, com temáticas contemporâneas e disponíveis com legendas para assistir online. Mais do que documentários, são formas de ativismo político que se apropriam da linguagem audiovisual para disseminar suas visões de mundo.
Valem o clique!

Documentário sueco, produzido por Erik Gandini, que discute sociedade de consumo, passando por sistemas políticos e meio ambiente, com uma visão interessante acerca do socialismo e o capitalismo.

Compilação e edição de "John Nada", realizado a partir de vários outros documentários, como "End Game", "Loose Change" e "Zeitgeist". Trata de questões relacionadas a mídia, nova ordem mundial e quem está por trás dela, grupo Bilderberg, mitos contemporâneos e biotecnologia, com certo tom de conspiração, mas bem instigante.

Produzido por Peter Joseph, o termo "Zeitgeist" vem do filósofo alemão Hegel, significando espírito da época. O documentário desconstrói mitos, falando desde o cristianismo e suas raízes histórias, até o 11 de setembro nos EUA. Explica o funcionamento do sistema econômico estadunidense, centralizado no Federal Reserve, o papel da mídia na construção da hegemonia e senso comum e apresenta o Projeto Venus como opção de nova sociedade sustentável e igualitária.

domingo, 3 de outubro de 2010

Breve diálogo entre espetáculo e política




Protesto do Greenpeace, coletivo mundialmente conhecido por promover ações espetaculares 
O livro “A sociedade do espetáculo” (1967), do francês Guy Debord, é considerado um norteador para os movimentos sociais das décadas de 60 e 70. Debord defende que as relações nas sociedades modernas, impregnadas pelo capitalismo avançado, passaram a ser mediadas pela imagem, pela dimensão do espetáculo, substituindo o real pela sua representação. O parecer prevaleceria sobre o ser e o ter, evocando assim uma possível essência do ser humano. As ações espetaculares promovidas pelos coletivos políticos não poderiam ser vistas como críticas, tendo em vista a utilização da mesma lógica que pretendiam criticar, agindo, portanto, como forma de reiteração da sociedade do espetáculo. Partindo disso, como analisar as formas de ativismo político na contemporaneidade? Seriam estas apenas reiterações da lógica sistêmica? 
O que Debord não previa era a imbricação entre campos vistos como dicotômicos e a capacidade dos sujeitos de se apropriarem e ressignificarem as ações. De lá para cá, as questões se deslocaram,  a sociedade se complexificou, dicotomias ruíram, dando lugar a novos paradoxos e paradigmas. Diante desse novo contexto, caracterizado pela fragmentação, pela lógica da convergência e pelos atravessamentos que fazem tudo parecer interconectado, o sujeito pós-moderno tende a responder de forma diferente, a resistir de novas maneiras.
Dessa forma, perceber as ações midiáticas dos movimentos como reiteração da lógica capitalista é restringir o debate ao pensamento marxista de Debord. Se pensarmos que a sociedade contemporânea é intrinsecamente atravessada pelas mídias e essa se constitui como lugar de disputa discursiva, dada sua importante e estratégica posição na estrutura social, podemos perceber que tais reações se adequam à linguagem global das mídias. Trata-se, portanto, da recriação de formas de resistência e contra-hegemonia na sociedade contemporânea e não de uma reiteração da lógica capitalista ou reificação dos movimentos sociais.