segunda-feira, 30 de junho de 2014

Mídia e Representações da Favela - Trabalhos Finais: "Copa das Representações: #nãovaitercopa #vaitercopasim"

Com um grande número de inscritos, a turma de "Mídia e Representações da Favela" rendeu ótimos trabalhos finais a serem apresentados - estes que, em revezamento com os da disciplina "Sociologia e Comunicação", ganharão destaque nas próximas postagens do blog. A começar com o trabalho de Beatriz Terra, Daniel Rios, Joana Darc de Nantes e Negra Maria Gomes: o grupo produziu um vídeo que aborda os diferentes discursos acerca da Copa do Mundo, com entrevistas com moradores de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Confira no vídeo abaixo:



Além de propor a oposição entre as campanhas publicitárias que regem a TV durante o período da Copa e os depoimentos dos discursos dos moradores, para trabalhar o conceito de representação, o grupo também apresentou no vídeo o clipe da música "Alegria das Pernas" do grupo de funk carioca Bonde do Passinho. Uma análise mais profunda do contexto em que ele foi inserido, destrinchando o jogo visual e a composição lírica da canção pode ser encontrada no ficha escrita, que utiliza da bibliografia disponibilizada no curso para abordar os assuntos já descritos - e está disponível na íntegra logo abaixo.

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Copa das representações: #nãovaitercopa #vaitercopasim


1) Objetivo

Neste trabalho, procuramos refletir sobre áreas da cidade que não foram contempladas com as obras ditas de “revitalização” da cidade e os movimentos de resistência que os moradores dessas áreas produzem. Essas obras são decorrentes dos grandes eventos que o município do Rio de Janeiro está recebendo, em especial a Copa do Mundo de 2014. É notável que a cidade do Rio está em um processo de espetacularização da cidade, visando apenas os locais de passagem turística e reafirmando assim a ideia de cidade como marca a ser vendida ao exterior. Porém, no discurso principal sobre a realização da Copa no Brasil, encontra-se, justamente, os argumentos de melhorias urbanas para a própria população brasileira e a ideia de que os eventos podem ser aproveitados por todos.
Entretanto, o que fazem aqueles que não têm condições de aproveitarem os jogos de fato? E o que fazem aqueles que preferiam outros tipos de melhorias ao invés de obras faraônicas? E, principalmente, o que fazem as pessoas da periferia para se auto-representar enquanto brasileiros dentro dessa configuração de cidade na qual vivemos?

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sexta-feira, 6 de junho de 2014

#NãoVaiTerCopa: o embargo da voz brasileira e um dossiê de verdades inconvenientes


Muitos brasileiros já tiraram a poeira da camisa da Seleção Brasileira que estava guardada no fundo do armário para torcer pelo time nos amistosos que precedem a Copa do Mundo 2014. E a essas pessoas, asseguro: não se preocupem, vai ter copa, sim. O mega evento poderá ser assistido por milhões de brasileiros de suas casas e, para uma minoria exorbitante, dos próprios estádios. De que se faz, então, o grito de "Não vai ter Copa"?

Com exceção da reapropriação tomada por internautas brasileiros (sempre muitos antenados e favoráveis a um novo meme), a expressão cantada em alguns protestos emergentes se posiciona como grito simbólico em oposição ao contexto violento que ele abarca. O pagode da FIFA (clique aqui para saber mais) parece uma piada de mau gosto frente às truculências que uma parcela considerável da população brasileira sofreu para a realização do evento.

A fundação alemã Heinrich Böll reuniu em seu site um dossiê com reportagens, artigos, mapas, fotos e vídeos que evidenciam esse desrespeito com a população - através de políticas covardes em afrontamento às reações negativas - em prol do "legado da Copa". Disponibilizado, além de em português, também em alemão e em breve em inglês, "Copa para quem e para quê?" retrata em artigos e estimativas como o evento ultrapassou os custos previstos, acarretou no despejo de mais de 200 mil pessoas, intensificou a militarização da repressão contra os movimentos sociais, entre dezenas de outras consequências que afeta negativamente a população brasileira. 

Clique no link a seguir para acessar o dossiê: http://br.boell.org/pt-br/dossie-copa-para-quem-e-para-que