quarta-feira, 27 de março de 2013

Sociologia e Comunicação - Trabalho Final: Cultura para os Cultos!

A seguir, um dos trabalhos da turma de Sociologia e Comunicação desse semestre. Esse, feito pelo Thiago Yamachita.

Nessa postagem, se encontra apenas o primeiro parágrafo, para ler o trabalho completo, clique no link lá embaixo.


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Cultura para os cultos!


Gostaria de analisar neste texto matérias publicadas em 3 distintos sites da internet, as matérias são: “Marta Suplicy, vale-cultura e a revolta gamer” publicada no site Kotaku#, “O abacaxi da cultura” publicado no site do Estadão# e “Era melhor antes” publicado no site do jornal O Globo#. Em comum, os três textos abordam questões relacionadas à cultura, mais especificamente, eles remetem a uma ideia que levantam questionamentos sobre o que é cultura e como ele é percebida em nossa sociedade atual, os três também discutem as políticas governamentais no campo da cultura, como elas são percebidas ou qual sua eficácia.

O primeiro dos artigos, publicado pelo site de games Kotaku, fala sobre a declaração polêmica da atual ministra da cultura Marta Suplicy que, ao ser perguntada se os vídeo games...

Continue lendo, clique aqui!



segunda-feira, 25 de março de 2013

Comunicação e Cultura Popular - Trabalho Final: Flash Mob


Mais um semestre dos cursos de Comunicação e Cultura Popular e Sociologia e Comunicação, mais um semestre com ótimos trabalhos! Sendo assim, as próximas postagens do blog serão direcionadas a eles.

A começar pelo *mais novo hit da internet*. Não é para tanto! Mas o Flash Mob produzido pela turma de Comunicação e Cultura Popular desse ano ganhou grande visibilidade na web, chegando a mais de 27.000 visualizações no YouTube. Guiando-se através do conceito de hibridização cultural e da ideia de ocupação e apropriação do espaço público, a turma criou uma coreografia para a música "Passinho do Volante" de Mc Federado e os Leleks e apresentou-a em forma de Flash Mob no Centro Cultural Banco do Brasil.

Abaixo, segue a ficha técnica e a justificativa do trabalho, junto com o vídeo!

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Flashmob: Ah, Lelek Lek Lek Lek Lek Lek

Música: Passinho de Volante - MC Federado e Os Lelekes

Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) - Centro, Rio de Janeiro, RJ

Data: 16 de março de 2013

Alunos:
Ana Beatriz Domingues, Bruno Pestana, Bruno Rocha, Caroline Dabela, Caroline Moreira, Clara Sacco, David Barenco, Eduardo Glasser, Enio Graeff, Gisele Vargas, Helena de Serpa, Ioná Ricobello, João Pedro Martins, Júlia Corrêa Pacheco, Júlia Robadey, Juliana Henrice, Lia Ribeiro, Lonya Mana, Luana Calazans, Luana Furtado, Lucas Camacho, Mariana Darsie, Paulo Victor Gitsin, Pilar Diniz,Rafael Cathoud, Raquel Mattos, Rávellyn Borges, Tatiana de Moraes, Teresa Barros, Thayná Couto Faria, Vinícius Küster, Wesley Prado, Yone Benicio.

Participantes convidados:
Aline Massa (filmou), Débora Nunes (filmou), Emmanuel Ferreira (filmou), Felipe Lemos (filmou), Fernanda Moraes (dançou), João Mendonça (filmou), Isabelle Pacheco (filmou), Larissa Mendonça (dançou), Lis Neves (dançou), Marcelo Mucida (dançou), Marcelo Weber (dançou), Negra Maria (filmou), Rodolfo Darsie (dançou).

O Flashmob foi uma perfomance desenvolvida como trabalho final para a disciplina Comunicação e Cultura Popular II, ministrada pela professora Ana Enne.

Motivados em parte pela vontade de realizar o sonho da professora e em parte pelas incríveis possibilidades de significação de um flashmob, escolhemos este "veículo" para dar vazão as diversas questões trabalhadas em sala. O simples fato de inserir o funk "hit" do momento, que tão bem representa a cultura popular, em um espaço de cultura, dito democrático, mas que abriga manifestações culturais já consagradas e, principalmente, hegemônicas problematiza a hierarquização da cultura e evidencia seu papel como espaço de luta e disputa por significação.

Relação com os conceitos trabalhados na matéria:
O flashmob objetivou trabalhar a cultura como espaço de lutas, evidenciando a dinâmica relação entre cultura hegemônica e cultura popular. Nas aulas de Comunicação e Cultura Popular, inicamos os estudos compreendendo a construção do conceito de cultura popular e suas duas visões clássicas: a Iluminista e a Romântica, que a colocam, respectivamente em uma posição de cultura menor, não letrada, aleatória, bárbara - que deve ser controlada, evitada e no lugar da tradição, da essência, do rústico - aquilo que deve ser preservado. Vimos que a distinção entre a "elite" e o "povo" é o tempo todo reafirmada no espaço da cultura que é permeado por questões de distinção e "níveis de cultura".
Em um esforço de desconstrução dessas duas noções e complexificação dos processos em torno da cultura, em particular da cultura popular, a disciplina constrói um caminho teórico a ser trilhado e posteriormente exemplificado em diversos âmbitos e através de veículos e produtos culturais diversificados. Partimos dos estudos de Peter Burke sobre a cultura popular na Modernidade onde ele afirma que a cultura oficial, representada pela elite aristocrática e pela Igreja Católica, se mistura com a popular, porém com transformações significativas, mantendo-se a separação do poder econômico. Redfield (EUA) trabalha com a ideia de que a cultura erudita tem grande tradição, muita preocupação e cuidado na sua manutenção. Por sua vez, a cultura popular tem uma pequena tradição, mas é bastante viva. Acompanhamos o processo de transição entre as ideias de biculturalidade (ou bilíngue), reforçada por Bakhtin, e de circularidade cultural, trazida por Grinzburg. A circularidade confere, a qualquer processo cultural, a negociação de discursos com seus referentes contemporâneos, antecessores e sucessores. Podemos articular o flashmob à diversos autores da Nova História Cultural. A apresentação do funk no CCBB se relaciona aos conceitos de hibridização de Canclini, apropriação de Chartier e "modos de fazer com" de Certeau. As fronteiras entre identidades, tradição e modernidade tornam-se mais difusas, mais flexíveis, mas este instante também representa contradições, por este ser um local que deve refletir a cultura brasileira e, muitas vezes, é focado na dita "alta cultura". Assim, o flashmob representa, em pequena escala, uma ação contra-hegemônica de mediação, mais uma vez reflexo de nossos estudos, incluindo aqui Gramsci e Barbero.

A organização foi feita virtualmente, através de um grupo secreto no Facebook. A partir da mobilização de alguns grupos de alunos - que, separadamente, pensavam em realizar flashmobs -, foi criado o grupo para integrar todos os que desejassem fazer parte deste projeto, assim realizando apenas um flashmob, com o maior número possível de alunos. A partir de então, diversas ideias foram colocadas em pauta, e uma votação foi criada.

As possibilidades eram:
- "Ah lelek lek lek" a ser realizado no CCBB;
- "Um novo tempo" a ser realizado em um dos seguintes locais: SAARA, Central, rodoviária Novo Rio;
- Outro Funk;
- Alguma música que representasse a hibridização (exemplo cogitado: Dona Joana canta Zezé Di Camargo e Luciano);
- Alguma música do projeto "Jeito Felindie";
- Tecnobrega;
- Harlem Shake;
- Festa no Apê.

Para a realização, foram realizados apenas dois ensaios presenciais: o primeiro no dia 12 de março e o segundo no dia 16 de março.

O encontro do dia 12 foi a única reunião realizada de forma não virtual, desta reunião foram retiradas as seguintes comissões:

Comissão de Coreografia: Gisele Vargas, Lonya Mana, David Barenco e Tatiana Moraes.
Responsável por elaborar a coreografia de forma simplificada e gravar um tutorial para que todos pudessem ensaiar indivudualemente em suas casas. O tutorial possibilitou também a participação de pessoas que não eram da turma.

Comissão de Audiovisual: Wesley Prado e Débora Nunes
Responsável por direcionar todas as pessoas que iriam filmar, pensar o posicionamento das câmeras e o melhor aproveitamento da captação de som.

Câmeras: Wesley, Débora, Felipe, João, Isabele e Caroline
Convidados para realização das filmagens e alunos que preferiram filmar.

Comissão de edição: Lia Ribeiro
Responsável por juntar todas as filmagens oficiais e algumas extra-oficiais.

Comissão do Som: Mariana Darsie, Teresa Cristina e Lia Ribeiro
Responsável por procurar algum equipamento de som a base de pilha a ser usado no dia.

Comissão da Surpresa: Clara Sacco
Responsável por articular a ida da Professora Ana Enne ao CCBB, para que ela visse o flashmob, mas sem estragar o elemento surpresa.

Outras funções importantes:

Menino Maluquinho: Paulo Victor Gitsin
Interação coreográfica com a exposição do CCBB, Paulo Victor foi o escolhido para iniciar a coreografia dançando no Kinect com o Menino Maluquinho.

Puxadora: Gisele Vargas
Responsável por dar o play no som e iniciar o canto da música, dando o tempo certo a todos os outros participantes.

O ensaio geral e a realização aconteceram no mesmo dia, 16. O ensaio, porém, ocorreu mais cedo na Praça XV, depois todos se encaminharam para o CCBB.


Assista ao vídeo!