segunda-feira, 24 de março de 2014

Sociologia e Comunicação I - Trabalhos Finais: #murosdauniversidade


Continuando a série de postagens sobre os trabalhos.

A aluna Luiza Gomes, de Sociologia e Comunicação I, criou um tumblr a fim de retratar algumas intervenções nos muros da UFF. Ótimo trabalho, ótimas intervenções!
______________________________________________________________________


#murosdauniversidade


Durante as aulas de Sociologia e Comunicação um dos temas abordados foi a ocupação e a apropriação do espaço urbano. 



Entre atos em praças, shoppings e passeios públicos a forma mais comum de intervenção urbana é a pichação. Seja em frases de resistência ou em forma de desenhos (os chamados grafitte) a arte está presente em praticamente todos os cantos da cidade.

O espaço escolhido para retratar as pichações e o grafitte foi a própria UFF, espaço que percorremos quase que diariamente e poucas vezes damo - nos conta do que seus muros dizem. 


Link para o Tumblr: http://murosdauniversidade.tumblr.com/

terça-feira, 18 de março de 2014

Sociologia e Comunicação - Trabalhos Finais: A Fuga das Galinhas: uma teoria Marxista.


Dando continuidade aos nossos trabalhos...

O próximo é do Alexandre Paz, aluno de Sociologia e Comunicação. O Alexandre analisou a animação "A Fuga das Galinhas" e comparou com diversos conceitos da teoria Marxista. Vale a pena ver (ou rever) o filme após a leitura do trabalho!
___________________________________________________________________

A Fuga das Galinhas: uma teoria Marxista

Apenas um simples filme infantil, para muitos, pode parecer esta produção que retrata a vida de meras galinhas em uma granja dominada por uma família que visa acima de tudo o lucro explorando-as. Porem, na verdade trata-se de uma exemplificação de umas das mais famosas e complexas teorias produzidas pelo homem quanto sua sociedade comum- uma teoria muito conturbada quanto sua aplicação e seu radicalismo em prática pensada por Karl Marx que em seguida será melhor abordada.

O filme, produzido em 2000, aborda a história de galinhas pertencentes à Granja dos Tweedy, pequena propriedade rural, as quais são semanalmente avaliadas quanto à colocação de ovos em busca sempre de aumentar a lucratividade, e se não aprovadas no teste servem de comida no jantar. Contudo, as galinhas do filme são pensativas e organizadas vislumbrando um plano para poderem fugir do lugar, e é neste momento que faço a primeira pausa para introduzir o pensador aplicado nesta obra. Karl Marx, intelectual proveniente da Alemanha mas que elaborou seus maiores pensamentos na Inglaterra, baseia seu pensamento na necessidade mais básica do homem que seria subsistência- para ele esta subsistência é sanada ao retirar da natureza (eco) sua sobrevivência em questões essenciais como alimentação etc. Portanto para o sociólogo, era necessário “domar” de certo modo esta natureza para que não estivesse suscetível  à condições adversas que poderiam prejudicar sua vida, para Marx era necessário normatizar (“nomia”) a natureza (eco) eis que vos surge a base que determina o pensamento marxista: a Economia. E esta dominação dos meios de produção (natureza) se dá possível através da força de trabalho fornecida pelo homem, só assim o homem é capaz de garantir sua sobrevivência.

Continue lendo, clique aqui!

quarta-feira, 12 de março de 2014

Sociologia e Comunicação I - Trabalhos Finais: Resenha dos curtas-metragens: “A pedreira de São Diogo” (1962), de Leon Hirszman e “Do Porto ao Porto Maravilha” (2011) de Priscilla Xavier.


Estamos no início de mais um semestre letivo no curso de Estudos de Mídia e, como de costume, vamos postar os trabalhos que mais se destacaram no semestre passado nas turmas de Sociologia e Comunicação e Sociologia e Comunicação I.

Para abrir essa sequência, segue a resenha da aluna de Sociologia e Comunicação I, Joana d'Arc.

Joana teve como objeto de análise os filmes "A Pedreira de São Diogo" e "Do Porto ao Porto Maravilha". Ambos foram exibidos em uma sessão do CINECLUBE DO GRECOS, com direito a um bate-papo com a idealizadora do segundo filme, Priscila Xavier.

A resenha da Joana é muito interessante para pensarmos a atual conjuntura da cidade do Rio de Janeiro e seu entorno. A partir de um breve apanhado histórico, com a referência do filme de Leon Hirzman e a contextualização contemporânea a partir do filme de Priscila Xavier, a aluna aborda temas como a remoção de comunidades inteiras, resultado de um processo de gentrificação cada vez mais presente em uma cidade-empresa destinada a ser campo para mega eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, e a resistência popular, imprescindível para a utilização mais democrática do espaço público.
_____________________________________________________________________

Resenha dos curtas-metragens: “A pedreira de São Diogo” (1962), de Leon Hirszman e “Do Porto ao Porto Maravilha” (2011) de Priscilla Xavier.

Décadas separam os curtas “A pedreira de São Diogo” e “Do Porto ao Porto Maravilha”, porém, as transformações urbanísticas pairam em ambos, conjuntamente com a remoção da população de sua moradia. Além disso, ainda que sejam períodos distintos, ainda que o primeiro curta seja uma ficção, ainda assim, eles revelam um retrato real, problemático e que se repete ao longo da história da cidade do Rio de Janeiro: um retrato de transformações que se dizem embasadas em avanços, melhorias, investimentos, mas que parecem nada se importar com a população local.

O curta “A pedreira de São Diogo” conta a história de trabalhadores de uma pedreira que ao perceberem que o aumento da carga de uma das explosões irá ocasionar o desabamento dos barracos da favela, localizada acima da pedreira, resolvem convocar a população para resistir e impedir a continuação das explosões. Vale ressaltar que esses trabalhadores também são moradores dessa favela, mas não podem parar seu trabalho, pois precisam dele e também porque sabem que podem ser substituídos por outros que darão continuidade as explosões. Esse curta aponta para o descaso com a população pobre e moradora de favela, nele tem-se a sensação de que as casas e aquelas pessoas não são consideradas e com isso as “remoções” (devido as explosões) das casas seriam apenas como mais pedras retiradas do caminho.

Continue lendo, clique aqui.