quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Sociologia e Comunicação - Trabalhos Finais: "O Brasil é positivista e durkheimiano"

Continuando com os trabalhos de "Sociologia e Comunicação", apresentamos o artigo do aluno Bruno Roncada. Baseando-se em um tema recorrente e utilizando-se de exemplos recentes, ele dissertou sobre a mensagem de "Ordem e Progresso" da bandeira brasileira e como essa ideologia se mantém nos dias de hoje. Para isso, falou sobre conceitos de Émile Durkheim - como "fato social", "consciência coletiva" e "instituição social" - para analisar o discurso de ordem que ainda pode legitimar uma determinada posição da sociedade brasileira.

Vale muito a leitura!
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O Brasil é positivista e durkheimiano
O francês Émile Durkheim é considerado um dos pais da Sociologia. O tripé formado por ele, Karl Marx e Max Weber é estudado em basicamente qualquer curso introdutório à disciplina, seja no ensino médio, seja no nível universitário.
Durkheim é um dos grandes representantes da escola positivista, desenvolvida principalmente durante o século XIX. O Positivismo pregava a defesa da ordem na sociedade para se alcançar o progresso.
Qualquer semelhança com o lema presente na bandeira do Brasil não é mera coincidência. A inscrição foi inspirada no pensamento do principal expoente da escola, o também francês Augusto Comte, que dizia: “O amor por princípio; a ordem por base; o progresso por fim”.
A grande pergunta que inspira a produção deste artigo é se a frase “Ordem e Progresso”, presente no principal símbolo brasileiro, é simplesmente obra do passado, aceita apenas em uma outra época, ou se ela continua sendo atual em nossa sociedade.
Recorramos a Durkheim para uma melhor compreensão desta realidade. O pensamento durkheimiano é formado por uma grande quantidade de conceitos. Dentre as definições, temos a caracterização do “fato social”. Ao iniciar seus estudos, inspirado em outras áreas do conhecimento como a Química e a Biologia, Durkheim buscava conferir cientificidade à Sociologia. Seguindo esta linha, o sociólogo francês definiu então um objeto para a sua pesquisa. Surgia aí o “fato social”, a maneira de pensar, agir e sentir exterior aos indivíduos e que sobre eles exerce forte influência.

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