terça-feira, 7 de abril de 2015

Sociologia e Comunicação - Trabalhos Finais

Victoria Cosato, aluna de Sociologia e Comunicação, analisa a letra e o clipe da música Fancy, de Iggy Azalea, e nos faz prestar atenção não só na canção mas também na postura da cantora e em todos os elementos que giram em torno dessa temática. 

A música passa a mensagem de que a boa vida é cercada de luxo, roupas de grife, festas, comidas e bebidas caras. Isso tudo viria acompanhado de poder e status social, refletindo a realidade da classe dominante. Por outro lado, para que todos esses bens sejam produzidos, é necessário que haja quem trabalhe, e isso ocorre de maneira nada luxuosa. Nesse sentido, Victoria identifica no clipe a questão do fetiche de mercadoria (Marx), responsável por ocultar a exploração da mão de obra em prol da posse do produto.

Assumindo que a indústria cultural é uma das forças que move o sistema capitalista, como desenvolveu Adorno e Horkheimer, a aluna questiona se a intenção da cantora é fazer uma crítica a esse meio, através do deboche, ou é enaltecer ainda mais essa indústria.


"Fancy [adjetivo]: luxuoso, extravagante, complicado, exagerado. 

Assim como o significado da palavra, o clipe analisado é luxuoso, extravagante e exagerado. Complicada é apenas a postura de seus realizadores ao aderirem, em mesmo nível, ao merchandising e ao fetiche da mercadoria no vídeo em questão.

Para esta análise foram utilizados conceitos de Marx, além de Adorno, Horkheimer e Simmel. 

O videoclipe Fancy de Iggy Azalea é um dos maiores sucessos em visualizações do Youtube de 2014. Com cerca de 380 milhões de views, o vídeo deu ainda mais projeção à música e as paródias vão de “I’m so pregnant” (estou tão grávida) a “I’m so farmer” (eu sou tão fazendeiro). 

Antes de falarmos a respeito do clipe propriamente dito, é necessário situar que a cultura pop e seus representantes, como Iggy Azalea, são uma poderosíssima engrenagem da Indústria Cultural que, por sua vez, é uma força motriz do sistema capitalista em que vivemos. Na Indústria Cultural, segundo Adorno e Horkheimer (1985), a cultura é uma mercadoria, um campo de exploração econômica voltado para o lucro e existe para garantir adesão ao sistema capitalista. A música pop movimenta bilhões anualmente: em views e em dólares. O clipe de Azalea tem merchandising desde a primeira cena... "

Confira o trabalho na íntegra aqui.

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